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México elege Claudia Sheinbaum, a primeira mulher presidente do país

Em um dos países com o maior número de feminicídios no continente, a nova presidente do México foi eleita com quase 60% dos votos.

Por PATRICIA em 03/06/2024 às 22:09:30

Foto: ESG News

Em um dos países com o maior número de feminicídios no continente, a nova presidente do México foi eleita com quase 60% dos votos. México elege 1ª presidente mulher

O México vai ser presidido, pela primeira vez, por uma mulher.

O som da história sendo feita.

"Pela primeira vez em 200 anos de República, me tornarei a primeira mulher a chegar à Presidência. E eu não cheguei aqui sozinha. Todas chegamos", disse Claudia Sheinbaum.

Em um dos países com o maior número de feminicídios no continente, a nova presidente do México foi eleita com quase 60% dos votos e vai governar a segunda maior economia da América Latina.

Claudia Sheinbaum Pardo, de 61 anos, é formada em física e pós-graduada em engenharia ambiental. Tem no currículo o Nobel da Paz de 2007, quando o prêmio foi dado para o painel sobre mudanças climáticas da ONU - Claudia fazia parte da equipe com cientistas do mundo todo.

Na política, Sheinbaum começou como secretária de Meio Ambiente da cidade do México. Ela segue os passos do mentor político, o atual presidente Andrés Manuel López Obrador. O governo de Obrador dobrou o salário minímo e foi o primeiro a reduzir a pobreza abaixo de 40% em quase 50 anos.

No discurso de vitória, ela prometeu manter e ampliar os programas sociais criados por López Obrador. Só que esse legado deixa contas a acertar. O governo acumula o maior déficit orçamentário desde a década de 1980. Outro problema é a violência, López Obrador apostou na militarização da segurança pública, mas em seis anos de mandato, o país acumulou 185 mil homicídios, um recorde nas últimas décadas.

A presidente deve governar com a maioria do Congresso a favor dela, e com isso, poderá aprovar reformas na Constituição do país. Ela e López Obrador defendem, por exemplo, que a escolha de juízes da Suprema Corte seja feita por voto popular que, segundo críticos, ameaçaria a independência do judiciário.

Mesmo diante das controvérsias, a eleição de Claudia Sheinbaum foi celebrada por quem defende mais protagonismo para as mulheres - uma conquista que não foi um acidente histórico. Desde 2018, o México mudou a lei eleitoral e criou cotas para mulheres na política: primeiro 30%, depois 40. Hoje, cada partido tem que ter pelo menos 50% de candidatas do sexo feminino. No Congresso, atualmente, 47% das cadeiras são ocupadas por mulheres.

O professor de política da Universidade de Michigan, o mexicano Edgar Franco, explicou que venceu o projeto de continuação da política de Obrador, com uma candidata que vai governar com a maioria do Congresso a favor dela.

"O fato das mulheres estarem cada vez mais presentes em todos os níveis de governo fez com que os eleitores vissem que as mulheres podem liderar, podem assumir a presidência" - avalia o professor de política da Universidade de Michigan, o mexicano Edgar Franco.

Hoje, os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos conversaram por telefone com Claudia e chamaram a vitória da nova presidente de histórica. Claudia Sheinbaum vai assumir o governo no dia 1º de outubro.

Fonte: G1

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