Arma apreendida com Peixe, ex-assessor de Brazão, tem gravação da Força Nacional, e PF vê crime

Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe, trabalhava com Domingos Brazão no TCE, de onde foi exonerado, após ser denunciado pela PGR por envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco. Robson Calixto, o Peixe, assessor de Domingos Brazão

Reprodução

A Polícia Federal (PF) vai ampliar as investigações sobre duas armas apreendidas na casa de Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe. Ele é um dos denunciados pela Procuradoria Geral da República (PGR) por envolvimento na morte da vereadora Marielle Franco.

Segundo os agentes, o ex-assessor do conselheiro Domingos Brazão no Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE), possuía uma arma com registro da Polícia Civil e a gravação da sigla da Força Nacional de Segurança em seu chassi.

Assessor de Domingos Brazão é suspeito de intermediar reunião com Ronnie Lessa

Quem são os outros alvos da operação contra os supostos mandantes da morte de Marielle

O relatório produzido pela PF concluiu que não existe justificativa pra que tal arma estivesse com Peixe, visto que ele é soldado reformado da PM do RJ.

Uma segunda arma foi apreendida na casa de Peixe. A PF descobriu que essa arma pertence a um homem que mora no Ceará. Não há qualquer comunicação de roubo ou furto da arma, segundo os investigadores.

Por conta disso, os agentes afirmam que Peixe praticou, em tese, o crime de posse ilegal de arma de uso restrito.

PF pede novo inquérito contra deputado Chiquinho Brazão

A apuração inicial da PF vai ser encaminhada para a Delegacia de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio e ao Tráfico de Armas da Polícia Federal.

Investigado por suspeita de participação no assassinato de Marielle Franco, Peixe foi apontado por Ronnie Lessa, executor dos disparos contra Marielle, como segurança informal de Domingos Brazão.

Segundo a delação premiada de Lessa, Peixe também cobrava dívidas para a milícia. Ele recebia um salário de R$ 27 mil no TCE.