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'Plano B': autoridades e especialistas debatem educação, turismo e conectividade em evento aberto ao público no AC

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Por PATRICIA em 02/10/2023 às 22:57:29

Iniciativa faz parte do programa "Amazônia que eu Quero", da Fundação Rede Amazônica. Debate ocorreu nesta segunda-feira (2) no Centro Universitário Uninorte, em Rio Branco. Especialistas debatem sobre eixos do 'Plano B' e perspectivas no território acreano

Dayane Leite/Rede Amazônica

Plano 'B'. Este é o nome do evento, promovido pelo projeto "Amazônia que eu Quero", que discute educação, conectividade e turismo na região amazônica. Pela primeira vez, o Acre realizou o debate de forma presencial, no auditório do Centro Universitário Uninorte, em Rio Branco.

Aberto ao público, o debate, realizado nesta segunda-feira (2), teve como painelistas o professor e pesquisador dr. João Silva Lima; o secretário de Indústria, Ciência e Tecnologia Assurbanipal Barbary de Mesquita; o secretário de Empreendedorismo e Turismo, Marcelo Messias; e o turismólogo Victor Pontes, além de acadêmicos e outras autoridades locais.

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O CEO do Grupo Rede Amazônica, Phelippe Daou Junior, destacou a importância desse tipo de debate para que a população seja a voz ativa nesse processo.

"O projeto visa, fundamentalmente, formar eleitores, preparar cidadãos para um momento super importante que é a escolha dos nossos representantes [...] o principal objetivo é compilar essas informações. Então é super importante a participação da população. Não somos nós, da Fundação Rede Amazônica, que definimos essas prioridades. É a população que define, as entidades de classe, formadores de opinião e especialistas que vão criar e nos dizer a Amazônia que todos nós queremos", falou.

Problemas locais e soluções

O professor dr. João Silva Lima falou sobre a importância do debate acerca dos problemas locais com pessoas que estão inseridas na realidade acreana, principalmente sobre o discurso de "ocupar a Amazônia".

"Agora você escuta o capitalista dizendo que o custo para vir para a Amazônia é muito alto [...] a lógica do capital é perversa porque eles lucram, mas se não lucrarem muito, não compensa. Mas a lógica do lucro não pode ser a lógica do investimento público, do investimento para a gente desenvolver", comentou.

O secretário Assurbanipal Mesquita comentou também que as discussões são importantes para o fortalecimento das políticas locais, principalmente quando o assunto é conectividade. Destacou também sobre a atual realidade do Acre no que diz respeito à carência no acesso à internet e falou sobre o projeto Infovia.

"A perspectiva de ampliar é a cada ano. Conforme as empresas vão ampliando sua rede, vão buscando clientes. Essa dinâmica é do mercado, da iniciativa privada. Nosso papel é fiscalizar. O que a gente tem visto é a questão da qualidade, infelizmente deixa a desejar tanto do ponto de vista das telefônicas como da banda larga, fibra óptica que chega nas residências.

Acreanos assistem a painel sobre conectividade, educação e turismo, temas do 'Plano B', da Rede Amazônica

Dayane Leite/Rede Amazônica

Já o secretário Marcelo Messias trouxe o ponto de vista sobre o turismo, destacando a necessidade de implementação de métodos que potencialize Rio Branco como uma cidade turística. Segundo ele, o principal desafio está sendo a malha aérea, no que diz respeito à operacionalização de voos para o estado.

"Às vezes falam que a logística para o Acre é muito difícil, mas a verdade é que não é só para o Acre. Escutamos as reclamações de todos os secretários do Norte. Temos um grande gargalo para enfrentar. Temos algumas esperanças a partir de novembro [...] a gente fala de uma região onde andar de avião é uma necessidade", disse.

O turismólogo Victor Pontes, que tem um empreendimento local que recebe turistas que querem conhecer mais da Amazônia, disse que fomentar este tipo de atividade movimenta a economia local e desperta a curiosidade de pessoas que querem conhecer o estado acreano e suas riquezas naturais. Durante a fala, destacou sobre a medicina tradicional e culturas indígenas.

"A Amazônia tem um apelo muito grande, e agora vem dentro das comunidades indígenas, porque lá tem tanto a parte cultural e espiritual como de comunidade. O turismo tem implementado nas aldeias mas tem que tomar cuidado para ser sustentável, para não ter interferência cultural dentro dos povos".

Plano B, realizado em Rio Branco, faz parte do projeto Amazônia que eu Quero, da Rede Amazônica

Dayane Leite/Rede Amazônica

Amazônia que eu Quero

Com o tema "Educar para desenvolver e proteger", o objetivo do projeto Plano B é despertar o senso crítico e estimular ações democráticas que levem a população a entender o seu papel na construção de uma democracia mais participativa e que seja capaz de gerar impactos positivos.

Concebido em 2019, o 'Programa Amazônia Que eu Quero' é uma iniciativa da Fundação Rede Amazônica (FRAM) e Grupo Rede Amazônica (GRAM), que tem por objetivo promover a educação política por meio da interação entre os principais agentes e setores da sociedade, além do levantamento de informações junto aos gestores públicos e da participação ativa da população em câmaras temáticas.

O projeto foi lançado no dia 1º de setembro de 2021, quando o Grupo Rede Amazônica celebrou seus 49 anos. A principal premissa do projeto é a discussão de assuntos fundamentais para a realidade amazônica e que têm sido deixados em segundo plano por décadas.

O tema escolhido para edição de 2023 é "Educar para desenvolver e proteger" e as câmaras temáticas que estão sendo trabalhadas são educação, conectividade e turismo.

VÍDEOS: g1

Fonte: G1

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