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Morre José Roberto Barreto Filho, cardiologista e pioneiro do jiu-jitsu no DF

Por PATRICIA em 23/11/2021 às 17:34:30

 
 
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Profissão: cuidar e ensinar

Para familiares e amigos, a vocação de Roberto era cuidar de pessoas, seja profissionalmente, seja no círculo de amizades ou entre entes queridos. O ator Jorge Pontual, primo de José Roberto, revelou que o médico foi, para ele, amigo, irmão, conselheiro e o profissional que cuidou do pai dele.

"Meu primo (na verdade, meu irmão) foi meu herói! Uma pessoa de sorriso fácil, campeão de jiu-jitsu, parceiro, conselheiro, amigo…. Morei um tempo com ele e meus primos e tios em Brasília. Era um grande médico, eu sempre pedia conselhos, ele cuidava da família, cuidou do meu pai…”, disse em uma homenagem feita em uma rede social.

O ator afirmou, também, que os dois passaram por momentos inesquecíveis e que o amor que sentia por José não pode ser colocado em palavras. "Quantas histórias, quanta coisa passamos juntos! Sem palavras pra dizer o quanto eu amava esse meu irmão querido! O que importa é que foi em paz para os braços do Senhor. Você sempre estará no meu coração. Estarei sempre emanando amor para que você possa estar fazendo a passagem da melhor forma", disse.

 
 
 
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Ralil Salomão, amigo há 40 anos de José Roberto, diz que teve o privilégio de compartilhar a vida com o médico. "Zé foi mais que um irmão de sangue pra mim. Foi uma pessoa que veio à Terra só para fazer o bem, alegrar e salvar vidas. Nesse último ano, eu tive o privilégio de estar ao lado dele praticamente todos os dias e foi um presente que ganhei de Deus, porque ele me ensinou até o último momento na resiliência, no amor à vida e o amor ao próximo. Agradeço a Deus o privilégio de ter o conhecido e desfrutar da sua amizade por mais de 40 anos”, declarou emocionado.

A gentileza, a hombridade e o cuidado também eram passados por José de outra forma: pelo ensino e prática do jiu-jitsu. O médico foi o responsável por difundir a prática da arte marcial no Distrito Federal, logo após chegar na cidade, em 1984. Acompanhado do tio, mestre Sérgio Barreto, eles começaram a ensinar a luta para a guarda presidencial da época e também para membros da Polícia Federal.

Aos poucos, José começou a expandir as aulas para alguns amigos, na garagem de casa, aos sábados. "Eram pessoas previamente selecionadas, o que significava que, para aprender os conhecimento técnicos do jiu-jitsu, o praticante deveria ter uma reputação ilibada e um caráter digno de possuir tais conhecimentos", diz um trecho da biografia do Centro de Treinamento Barreto, instituição criada pela família anos depois e em vigor até hoje na 507 Sul. A preocupação, de acordo com o Centro, era a integral formação do atleta.

Com esse objetivo, José formou diversos professores do DF e foi responsável pela criação indireta de alguns centros sociais que oferecem aulas gratuitas para crianças e adolescentes de baixa renda como uma forma de ajudá-los a se livrar de possíveis rotas de tráfico de drogas ou outros crimes.

 
 
 
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O anúncio da morte do mestre fez com que os atuais "faixas pretas" prestassem diversas homenagens a José. A primeira foi de um dos principais pupilos de José, o atual principal professor do Centro de Treinamento Barreto, o mestre Roberto Macedo, que cancelou o funcionamento da casa nesta terça em razão da morte do médico.

"Nosso mestre foi certamente um dos grandes responsáveis por tudo que sou hoje. Fez o bem a vida toda. Foi médico, professor, irmão e iluminado. Sigo vivo para manter viva sua memória e sua trajetória como fazedor implacável do bem", disse.

Outro aluno formado por José, Halysson Lessa, afirmou que Deus ganha um anjo guerreiro. “Ele foi sem dúvida um grande guerreiro, lutou até o último dia com muita força e muita honra. A medicina perde um grande médico, o jiu-jitsu perde um grande mestre e a família perde um grande homem. E Deus ganha um anjo guerreiro”, declarou.

A campeã mundial de kickboxing e tetracampeã mundial de caratê Carla Ribeiro, que era amiga pessoal de José, disse que o médico cuidava dos coração das pessoas porque ele era "de um grande coração". "Meu querido amigo passou da morte para a vida. Ele não se escravizou pelo diagnóstico do câncer, ao contrário, continuou lutando, vivendo, e, claro, amando porque para ele amar era o mais importante da vida", frisou.

"Certamente por isso, o Dr. Barreto cuidava dos corações das pessoas. Afinal, ele era de um grande coração. Do lado de cá, fica uma grande saudade e a honra de ter compartilhado ótimos momentos da sua amizade", contou.

 

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Fonte: Correio Braziliense

Tags:   OBITUÁRIO
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