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Manifestantes fazem ato em defesa de cachoeiras do Tarumã em Manaus


Eles também denunciam os impactos ambientais causados pela construção do Anel Sul e reivindicam a criação de um Parque Ecológico na região. Manifestantes fazem ato em defesa de cachoeiras do Tarumã, em Manaus

Josney Benevenuto/ Rede Amazônica

Manifestantes fizeram um ato em defesa do corredor de cachoeiras do Tarumã, na zona Oeste de Manaus, nesta segunda-feira (15).

Em meio ao aterramento e maquinários instalados por conta das obras de alargamento da Avenida do Turismo, eles denunciam os impactos ambientais causados pela construção do Anel Sul e reivindicam a criação de um Parque Ecológico na região.

Moradores, artistas, indígenas e pesquisadores participaram do ato, através de intervenções artísticas e discursos.

Nonato Tavares, que mora há 40 anos na região, é um dos organizadores da ação. Ele afirma que o grupo entrou com um pedido no Ministério Público do Amazonas, para revisão dos impactos ambientais causados pelas obras.

“A gente está chamando a atenção da sociedade quanto à preservação das cachoeiras do Tarumã. Isso aqui faz parte da memória ancestral, é uma das últimas reservas naturais próximas da cidade de Manaus e o que está acontecendo é um disparate. As escavações não estão respeitando a cachoeira, as águas já estão poluídas há muito tempo e era preciso um cuidado maior”, afirma.

“Não fizeram um estudo ambiental para essa obra acontecer aqui. Ela é ótima para cidade, tudo bem, mas tem que ter impacto ambiental?”, questiona Tavares.

Cacique geral do Parque das tribos, Lutana Kokama disse que as obras impactam diretamente o dia a dia de indígenas de 35 etnias diferentes que moram no bairro.

“A cachoeira aqui da região abastece os braços do Rio Tarumã e nosso povo é muito impactado. A poluição impede que os indígenas tomem banho no rio, pesquem, porque é de lá que eles tiram os alimentos. Isso traz problemas tanto de saúde, quanto de higiene, com o lixo que corre por lá”, disse.

O Anel Viário Sul faz a ligação direta a zona Oeste e Norte da capital, possibilitando a ligação entre o Distrito Industrial e Aeroporto Eduardo Gomes. São 8,3 quilômetros de extensão em obras, com investimento inicial de R$ 150 milhões de reais.

O grupo agora aguarda a resposta do poder público e revisão no projeto das obras.

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