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5G pode elevar PIB brasileiro em US$ 1,2 trilhão até 2035, diz estudo; entenda

Por PATRICIA em 04/11/2021 às 14:34:28

Nova tecnologia deve resultar em aumento da produtividade, surgimento de novos negócios e queda nos custos de produção. Se bem-sucedida, a implementação do 5G deve resultar num ganho econômico de US$ 1,2 trilhão para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil até 2035, segundo um estudo realizado pela Nokia e pela consultoria Omdia.

Na avaliação dos analistas, a nova tecnologia deve beneficiar a economia em três frentes:

Aumento de produtividade – será possível produzir mais com menos tempo;

Novos modelos de negócios vão surgir; e

Queda nos custos de produção.

5 mudanças do 5G na vida das pessoas

"Todas essas melhorias levam a esse ganho esperado (de US$ 1,2 trilhão no PIB). Haverá aumento da produtividade na indústria, no campo, na logística", afirma Wilson Cardoso, Chefe de tecnologia da Nokia para a América Latina.

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Leilão do 5G: o que está em jogo e o que pode mudar na sua vida

A partir desta quinta-feira (4), a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realiza o leilão do 5G, com expectativa de movimentar R$ 49,7 bilhões. Ao todo, 15 propostas foram recebidas pelo órgão.

Anatel recebe 15 propostas para o leilão do 5G

O elevado ganho estimado para a economia se dá porque a mudança do 4G para o 5G representa um avanço importante. Antes, as mudanças geracionais melhoravam a conexão entre as pessoas. Agora, o avanço será na conexão entre máquinas.

"O 5G permite uma série de novos modelos de negócios porque é uma rede muito flexível, programável", diz Rodrigo Dienstmann, CEO da Ericsson para o Cone Sul da América Latina.

No mundo, as economias mais avançadas já operam com o 5G. No Brasil, existem as redes privadas contratadas por grandes grupos empresariais, mas será com o leilão desta quinta que a tecnologia deve começar a se consolidar no país.

"O ecossistema já está se preparando para esse leilão há muito tempo. Agora, o que vamos ter é uma corrida para que essas operadoras mobilizem as infraestruturas de redes, ou seja, as antenas para que essa cobertura seja, de fato, uma realidade", diz Marcela Carvalho, assessora especial da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).

No edital do leilão, está previsto que o 5G deve funcionar nas 26 capitais do Brasil e no Distrito Federal em julho de 2022.

E o que vai mudar com a tecnologia?

Vários setores devem ser beneficiados com a chegada do 5G. No Brasil, a áreas de tecnologia da informação, os governos, e as indústria devem colher os maiores ganhos, segundo o levantamento da Nokia e da Omdia.

"Estamos falando em melhores produtos e serviços públicos, indústria mais eficientes, cidades mais conectadas", afirma Marcela.

Com esse avanço na conexão entre máquinas, será possível, no futuro, realizar uma cirurgia ou manipular um guindaste à distância, por exemplo. Na agricultura, o 5G vai permitir espalhar milhões de sensores por quilômetro quadrado e fazer uma irrigação conforme o nano clima daquela área.

São exemplos iniciais de uso da nova tecnologia, mas que mostram como ela deve ser importante para o ganho esperado de produtividade na economia.

Indústria já testa o 5G

No setor industrial, a Weg já realiza testes com o 5G.

Com a tecnologia, a empresa conseguiu utilizar câmeras com inteligência artificial embarcada para identificar se o produto tem algum defeito. São câmeras que conseguem apontar se há algum problema com a dimensão do produto ou se ele está embalado da forma correta.

"Antes da visão computacional, com essa quantidade de dados que a imagem precisa, passava necessariamente pelo cabo. Até daria para fazer isso pelo Wi-Fi, mas eu utilizava duas câmeras, e o Wi-Fi começava a dar problema”, diz Carlos Grillo, diretor de negócios digitais da Weg.

Weg já usa tecnologia 5G na sua fábrica

Divulgação

A Weg também expandiu a quantidade de robôs pela fábrica porque conseguiu reduzir o tempo de latência – ou seja, um tempo mínimo de resposta entre um aparelho e os servidores de internet – para 1 milissegundo.

"O 5G é uma porta de entrada para a indústria do futuro. E é fundamental para o Brasil porque é a oportunidade que a gente tem para dar um salto de produtividade e competitividade", afirma Rafael Cagnin, economista-chefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

Fonte: G1

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