logo banner
Centro automotivo Eder

Entenda o que é madrinheira, profissão 'escondida' em festas de peão do Brasil

.

Por PATRICIA em 16/06/2024 às 00:15:16

g1 conversou com a primeira mulher madrinheira do Brasil para conhecer melhor a profissão e o trabalho dela. Kelly Cristina Trindade, de 45 anos, atua há 30 no Rodeio de Americana, um dos maiores do país. Provas de montaria na Festa do Peão de Americana

Julio Cesar Costa/g1

A engrenagem que gira atrás dos bretes e do palco principal dos rodeios do Brasil sempre apresenta surpresas. Entre as atividades curiosas, está uma profissão antiga, mas muitas vezes "escondida" do público: as madrinheiras.

A função de madrinheira é essencial nas festas de peão. As profissionais são responsáveis por guiar e cuidar dos cavalos, garantindo que estejam prontos para as competições, como o torneio de Três Tambores, que é exclusivamente feminino.

O g1 conversou com com a primeira mulher madrinheira do Brasil para conhecer melhor a profissão e o trabalho dela. Kelly Cristina Trindade, de 45 anos, atua há 30 como madrinheira na Festa do Peão de Americana, um dos maiores rodeios do país, e desempenha o cargo desde os 14.

Não existe curso

A história de amor de Kelly pelos cavalos teve início em 1994, em um rodeio em São João do Maranheiro (SP), na região de São José do Rio Preto (SP).

"Eu sempre fui apaixonada por cavalos, mas minha família não tinha envolvimento com isso. Aos 11 anos, comecei nas provas dos Três Tambores e, aos 14, fui convidada a ajudar em um rodeio local. Foi quando decidi que queria ser madrinheira e nunca mais parei", relembra.

Kelly explica que a profissão exige muito mais que habilidade técnica. "É uma coisa que você tem que viver na prática. O rodeio é imprevisível, e cada situação é única. Na minha opinião, não tem como ensinar isso em cursos; é algo que se aprende com a experiência e o amor pela profissão", completou.

Ao longo dos 30 anos de carreira, ela enfrentou muitos desafios e acidentes. "Já quebrei dentes, levei mordidas e até tive uma lesão grave na perna que resultou em uma grande infecção. Mas a paixão pelos cavalos sempre falou mais alto. Nunca pensei em mudar de profissão porque isso é minha vida", afirmou.

Herança

Além de sua carreira como madrinheira, Kelly também treina cavalos para suas filhas, que seguem seus passos nas provas dos Três Tambores. "Eu mesma domo e preparo os animais. É uma paixão que transmiti para minhas filhas, e ver elas competindo me enche de orgulho", comentou.

Sobre a participação em rodeios, ela revela que atua em várias regiões do Brasil, mas dá preferência aos eventos mais próximos de sua casa, na região de São José do Rio Preto, para conciliar com a rotina escolar de suas filhas. "Trabalho em muitos estados como Mato Grosso, Minas Gerais e Goiás, mas sempre priorizo os rodeios mais próximos por uma questão de praticidade", explica.

Para a madrinheira, independentemente dos riscos ou dificuldades, é essencial priorizar o amor pelo que faz.

"Qualquer profissão que fazemos com amor é bem feita. No rodeio, seja como madrinheira ou competidora, o importante é fazer porque gosta, sem pensar em dinheiro ou reconhecimento. É o amor pelo que fazemos que nos motiva a continuar", finalizou.

VÍDEOS: saiba tudo sobre Campinas e Região

Veja mais notícias da região no g1 Campinas

Fonte: G1

Comunicar erro
LINK NET

Comentários