Ao todo, 23 vereadores votaram, sendo 17 pelo cancelamento das medalhas, um contra e cinco abstenções. Contudo, 43 vereadores marcaram presença durante a sessão desta quinta-feira (6). Como são necessários pelo menos 26 votos, não houve quórum para avalizar a proposta. Chiquinho Brazão e Domingos Brazão, acusados de mandar matar Marielle Franco
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Mais uma vez, os vereadores do Rio de Janeiro decidiram não votar o pedido de cancelamento do conjunto de medalhas Pedro Ernesto concedidas aos irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, presos desde o fim de março sob a acusação de mandar matar a vereadora Marielle Franco (Psol).
Essa foi a 7ª vez que os parlamentares esvaziaram a sessão plenária e não votaram o pedido feito pela vereadora Mônica Benício (Psol), viúva de Marielle.
Durante a votação desta quinta, 23 vereadores votaram, sendo 17 pelo cancelamento das medalhas, um contra e cinco abstenções. Contudo, 43 vereadores marcaram presença durante a sessão desta quinta-feira (6). Ou seja, 20 vereadores estiveram na Câmara, mas decidiram não votar.
Como são necessários pelo menos 26 votos, não houve quórum para avalizar a proposta.
Marielle Franco em imagem de fevereiro de 2017
Renan Olaz/Câmara Municipal do Rio de Janeiro/AFP/Arquivo
Segundo o regimento interno da Casa, o requerimento apresentado por Mônica Benício retornará para ser votado na próxima sessão plenária.
Mandantes do crime
No último dia 7, os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR).
No documento, a PGR denuncia os irmãos Brazão como mandantes do homicídio e por integrar uma organização criminosa. O delegado Rivaldo Barbosa também foi denunciado como mandante do homicídio.
De acordo com a denúncia, a delação do matador-confesso, Ronnie Lessa, implica os irmãos Brazão como mandantes do crime.