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Avião que caiu e causou mortes em SC tem 'histórico de segurança bom', diz engenheiro aeroespacial

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Por PATRICIA em 05/06/2024 às 02:55:42

Vítimas foram identificadas como Geraldo Cláudio de Assis Lima, piloto, e Antônio Augusto Castro, ex-diretor da Odebrecht. Destroços foram encontrados em área de mata entre Garuva e Itapoá. Vídeo queda de avião com duas mortes em SC

O modelo do avião que caiu em uma área de mata fechada entre Garuva e Itapoá, no Norte de Santa Catarina, próximo a uma ribanceira, tem "histórico de segurança bom", informou o professor de engenharia aeroespacial da UFSC Rafael Cuenca. A Força Aérea Brasileira (FAB) investiga o acidente.

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As vítimas foram identificadas como Geraldo Cláudio de Assis Lima, piloto, e Antônio Augusto Castro. O passageiro era engenheiro civil, empresário em Governador Valadares, em Minas Gerais, e ex-diretor da Odebrecht, onde foi funcionário de carreira.

O avião usado era um BEECH AIRCRAFT, bimotor, com capacidade para 6 pessoas incluindo piloto. Segundo o especialista, o modelo "não tem um histórico de ter muitos acidentes por culpa da aeronave". A queda aconteceu na noite de segunda-feira (3).

Geraldo Claudio de Assis Lima e Antônio Augusto Castro morreram em queda de avião em SC

Redes sociais/ Reprodução

Capacidade de voo

Conforme Cuenca, o avião tem versões com alcance de voo (distância que pode voar) variando de 1,3 mil a 1,7 mil quilômetros. A aeronave fazia o trajeto entre Governador Valadares (MG) e Florianópolis, que tem cerca de 1,1 mil quilômetros em linha reta, segundo ele.

"Considerando o que teria que fazer pelas rotas aéreas, eu acredito que essa aeronave não era para ter dificuldade de fazer um voo direto. Óbvio que isso vai depender muito da configuração de decolagem: quanto de carga ela estava carregando e quanto de combustível ela pôs", comenta.

O Aeroporto de Joinville, na mesma região de onde os destroços foram encontrados, informou que o avião não tinha pouso previsto para o aeródromo, mas entrou em contato com o controle aéreo e teve o pouso autorizado às 17h40 de segunda-feira (3). Segundo a assessoria do local, esse foi o último contato com a aeronave. Eles pousariam às 18h.

Os destroços foram localizados na madrugada de terça-feira (4) em uma área montanhosa, de mata fechada, sem cobertura de internet e próximos a uma ribanceira.

"No caso dessa aeronave especificamente, o teto de serviço dela vai até 6 mil metros de altitude, ou seja, 6 mil acima do nível do mar. No Brasil, a maioria das montanhas estão abaixo de 1 mil, 1,5 mil - ainda mais aqui na região. Então, era para essa aeronave ter a capacidade de voar muito mais alto do que o relevo da região", contextualiza.

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Arte/g1

O pesquisador em aviação Silvio Adriani Cardoso, também ex-militar da FAB, explica que muitos empresários utilizam esse tipo de aeronave por ter uma boa autonomia de voo, ser rápido e cobrir boas distâncias.

"É uma aeronave que começou a ser produzida na década de 60. Houve poucos registros de acidente com esse tipo de aeronave no mundo. Bimotor leve, mas seguro", afirma.

O que diz a FAB

A Força Aérea Brasileira (FAB) informa que foi notificada, nesta segunda-feira (03/06), a respeito do desaparecimento da aeronave de matrícula PS-BDW, em Santa Catarina (SC). Uma aeronave SC-105 Amazonas, do Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2°/10° GAV) – Esquadrão Pelicano, e um helicóptero H-36 Caracal, do Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (3°/8° GAV) – Esquadrão Puma, foram acionados para iniciar as buscas, que são coordenadas pelo SALVAERO Curitiba.

Saiba mais sobre o SC-105 Amazonas

O SC-105 Amazonas possui um radar capaz de realizar buscas sobre terra ou mar, com alcance de até 360 quilômetros. Um sistema de comunicação via satélite também permite o contato com outras aeronaves ou centros de coordenação de salvamento (Salvaero), mesmo em voos a baixa altura.

A aeronave ainda conta com um sistema eletro-óptico de busca por imagem e por espectro infravermelho. Isso permite realizar buscas pelo calor, permitindo detectar, por exemplo, uma aeronave encoberta pela vegetação ou uma pessoa no mar.

Com capacidades avançadas e tecnologia de ponta, o SC-105 Amazonas da FAB tem definido padrões para missões de busca e salvamento, servindo como uma plataforma robusta para operações SAR.

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Fonte: G1

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