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Suspeita de matar namorado com brigadeirão envenenado queria ser beneficiária em contrato de venda de imóvel, diz testemunha

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Por PATRICIA em 02/06/2024 às 03:49:23

Marcos Antônio de Souza Moura, amigo de infância do empresário morto, contou na delegacia que Luiz Marcelo disse pra ele que Júlia, a principal suspeita, estava pressionando para que ele alterasse o contrato da venda de uma casa em Maria da Graça. Polícia divulga cartaz pedindo informações de Júlia Andrade Cathermol Pimenta, suspeita de matar o namorado

Divulgação

O empresário Luiz Marcelo Ormond, que pode ter sido envenenado e morto pela namorada, foi pressionado por ela para alterar o contrato de venda de um imóvel. O objetivo seria incluir Júlia Andrade Cathermol Pimenta como beneficiária dos pagamentos ainda pendentes pela venda da casa. Luiz não mudou o documento.

Essa informação faz parte do depoimento de Marcos Antônio de Souza Moura, amigo de infância de Luiz Marcelo, e que mantinha contato frequente com ele. Júlia, a principal suspeita do crime, está foragida.

Segundo Marcos, há duas semanas, o próprio Luiz Marcelo contou que estava sendo pressionado pela namorada para realizar essa mudança no documento de compra e venda.

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Marcos contou à polícia que comprou uma casa de Luiz Marcelo no bairro Maria da Graça, na Zona Norte. Segundo ele, os dois combinaram que o valor da casa seria pago em parcelas mensais de R$ 3 mil, a serem pagas todo dia 25. Além disso, o amigo se comprometeu a pagar mais R$ 20 mil a cada mês de janeiro, até que o valor total fosse quitado.

De acordo com o depoimento, ela queria ser beneficiária no contrato de compra e venda do imóvel, no lugar de Pedro Paulo Ormond Barbosa, primo de Luiz Marcelo.

"Ele falou: 'pô, Marcos, ela tá me perturbando. Ela perguntou por que eu não botei ela no contrato, e botei meu primo'", revelou Marcos.

Antecipação de pagamento

O amigo da vítima também contou em seu depoimento que recebeu uma mensagem suspeita enviada pelo celular de Luiz Marcelo no dia 18 de maio. Marcos acredita que a mensagem não foi escrita pelo amigo.

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O que mais chamou a atenção de Marcos foi o fato de a mensagem chegar em forma de texto, diferente do hábito que eles tinham de só se falar por áudio. Além disso, a mensagem pedia a antecipação do pagamento de uma das parcelas da venda do imóvel.

"Nunca fizemos mensagens de texto, sempre áudio, áudio pra lá, áudio pra cá, nunca falamos por mensagem de texto e eu estranhei, nesse dia que ele me pediu o adiantamento", disse Marcos.

A mensagem supostamente escrita por Luiz Marcelo dizia o seguinte:

"Sobre o pagamento do dia 25, você pode antecipar este mês? Tive um gasto do caramba indo e voltando pra light, pra comprar as coisas pra religação de luz".

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Principal suspeita

O corpo de Luiz Marcelo foi encontrado dentro do apartamento dele no Engenho Novo, na Zona Norte do Rio, no dia 20 de maio, já em estado avançado de decomposição. A suspeita é que ele tenha sido assassinado pela namorada Júlia Cathermol, com um brigadeirão envenenado.

Luiz, Júlia e o prato que, para investigadores, teria o 'brigadeirão' que o envenenou

Reprodução

As investigações sobre o caso indicam que Julia foi fria. Em seu depoimento, a suspeita disse que Luiz serviu o café da manhã dela na segunda de manhã, o que é impossível de acordo com a necropsia, já que o empresário já estava morto.

"Ela teria permanecido no interior do apartamento da vítima, com o cadáver, por cerca de 3, 4 dias. Lá ela teria dormido ao lado do cadáver, se alimentado, ela teria inclusive descido para a academia, se exercitado, retornado para o apartamento onde o cadáver se encontrava", disse o delegado Marcos Buss.

Segundo o responsável pelas investigações, a principal suspeita pela morte de Luiz Marcelo é a namorada dele, Júlia Cathermol, que segue foragida da Justiça.

"Ela é a principal suspeita de ter praticado esse crime bárbaro", afirmou o delegado.

Motivação econômica

O delegado Marcos Buss, da 25ª DP (Engenho Novo), afirmou que Júlia Cathermol, suspeita de matar o empresário Luiz Marcelo Ormond, teve motivação econômica para a prática do crime.

Segundo o investigador, Júlia não gostou de saber que o namorado havia desistido de formalizar a união estável com ela. A suspeita está foragida da Justiça.

"A motivação é econômica. Nós temos elementos que a Júlia estava em processo de formalização de uma união estável com a vítima. Mas, em determinado momento, o que nos parece, é que a vítima desistiu da formalização da união", comentou Buss.

"Isso até robustece a hipótese de homicídio e não de um latrocínio, puro e simples, porque o plano inicial me parecia ser realmente eliminar a vítima depois que essa união estável estivesse formalizada", analisou o delegado.

Júlia Andrade Cathermol Pimenta é procurada pela morte do namorado, o empresário Luiz Marcelo Antônio Ormond

Reprodução

Fonte: G1

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