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Quase mil bombeiros de todas as regiões do Brasil já atuaram no RS em esquema de revezamento

As equipes são trocadas a cada 7 ou 10 dias.

Por PATRICIA em 27/05/2024 às 22:05:20

Foto: TVBV

As equipes são trocadas a cada 7 ou 10 dias. No retorno para casa, a recomendação é que os bombeiros façam também exames médicos e psicológicos. Bombeiros de todas as regiões estão trabalhando no Rio Grande do Sul

Quase mil bombeiros de todas as regiões do país já atuaram no Rio Grande do Sul em esquema de revezamento.

Uma união de forças inédita.

"É a primeira vez que a gente tem o registro desse desastre que aconteceu no Rio Grande do Sul. Todos os estados da federação enviaram equipes. Estados até mesmo mais distantes, ali como Roraima, Amapá, Amazonas", diz o coronel Hélio Gonzaga, coordenador do Gabinete de Crise dos Bombeiros.

As equipes são trocadas a cada sete ou dez dias. O revezamento faz parte do novo "Protocolo de Respostas a Desastres", que foi criado por bombeiros de todo o país. Ele foi aprovado em março de 2024 e é seguido pela primeira vez agora, na missão conjunta no Rio Grande do Sul. O objetivo é cuidar de quem salvou tantas vidas.

"A gente vai, acha que vai preparado para encarar, mas chega lá... Quando, você vê, se depara não só com a situação, mas com o pessoal. Ver o desespero das pessoas, aquela dor, que nada do que você faça vai suprir aquilo", conta o soldado Thiago Pereira, bombeiro militar do Paraná.

"Eu nunca vi os nossos bombeiros voltarem tão abalados psicologicamente. Principalmente nos primeiro dias depois de uma operação. E eles Pá foram para várias operações", diz a capitã Lisiana Guimarães Cavalca, bombeira militar do Paraná.

No retorno para casa, a recomendação é que os bombeiros façam também exames médicos e psicológicos.

"É normal que mesmo os profissionais que sejam preparados, treinados, eles tenham um quadro de ansiedade. A gente precisa mesmo de todas as forças que socorrem a sociedade, que prestam atendimento nessas horas, nós temos que estar bem", afirma o psicólogo Alfredo Santana Rocha.

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Os cães que participaram das missões de resgate também passam por avaliação.

Parte dos equipamentos usados pelos bombeiros de Goiás durante os resgates no Rio Grande do Sul está em uma sala. Eles passaram por um processo de descontaminação e, agora, estão prontos para serem usados em novas operações. É mais um cuidado com a saúde das equipes.

"É uma operação que está nos ensinando muito, não é uma operação curta. Salvou mais de 42 mil pessoas somente lá, somente pelas mãos de bombeiros, quase 6 mil animais salvos. E cuidar das pessoas que vieram de lá, enfrentaram muitas coisas, viram muitas coisas, para que ele possa ser usado nos próximos ciclos desse desastre", afirma o coronel Washington Luiz Vaz Junior, presidente do Conselho Nacional de Bombeiros.

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Fonte: G1

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