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Sobrevivente de chacina em aniversário infantil disse que lutou contra atirador: 'Não preocuparam com ninguém'

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Por PATRICIA em 25/05/2024 às 16:44:19

Segundo a mulher, um dos suspeitos acabou atirando no outro, que segue internado. Comparsa ainda não foi localizado. Sobrevivente de chacina disse que lutou contra um dos atiradores

TV Globo/ Reprodução

Uma sobrevivente da chacina registrada em um aniversário infantil, em Ribeirão das Neves, na Grande BH, disse que lutou contra um dos atiradores para tentar impedir que mais pessoas ficassem feridas. Ele afirmou também que o suspeito foi baleado pelo próprio comparsa.

O ataque foi realizado na noite da última quinta-feira (23), durante a festa do menino Heitor Felipe Moreira de Oliveira, de 9 anos. O aniversariante, o pai dele, Felipe Júnior Moreira Lima, de 26 anos, e a prima, Layza Manuelly Pereira de Oliveira, de 11, foram mortos. Outras três pessoas ficaram feridas.

Lígia Aparecida Moreira, tia de Felipe, contou que estava no portão da casa quando o carro com os suspeitos chegou, e dois homens saíram atirando.

"Quando vi a arma na mão, eu gritei: 'Corre, Felipe', porque eu já sabia que queriam matá-lo. [...] Começaram a atirar, atirar, atirar. Eu fui correndo e pulei nele [em um suspeito]. Na hora que eu pulei nele, acho que o outro que estava atirando apavorou, foi atirar para o meu lado e acertou nele", disse Lígia.

O suspeito baleado foi encontrado em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Contagem. Ele recebeu voz de prisão, mas precisou ser transferido para o hospital municipal. O comparsa dele não foi localizado até o momento.

Acerto de contas

Segundo a Polícia Militar (PM), o ataque foi um "acerto de contas". O pai de Heitor, Felipe Júnior, teria envolvimento com o tráfico de drogas no bairro Morro Alto, em Vespasiano, na Grande BH, e seria o alvo dos disparos.

"Se eles queriam pegar meu sobrinho, que esperassem meu sobrinho sair da festa. Não preocuparam com ninguém, chegaram atirando, e só tinha gente da família", afirmou Lígia.

Durante o velório das vítimas, Lígia lamentou a perda do sobrinho e das crianças. Segundo ela, Heitor Felipe a chamava de vó. O menino jogava futebol na base dos clubes Atlético Mineiro e América-MG.

"O menino era jogador, era o que ia mudar a história da nossa família. Interromperam um sonho nosso de ter uma pessoa que ia mostrar para o mundo a nossa família", falou.

O sepultamento foi realizado na tarde deste sábado (25), em Santa Luzia, na Grande BH.

Entenda

Família canta parabéns para o menino Heitor Felipe antes de chacina em Ribeirão das Neves

Dois homens armados invadiram a festa de aniversário de Heitor e efetuaram diversos disparos, na noite da última quinta-feira (23). Um vídeo registrou o momento do parabéns, antes do ataque (veja acima).

"O carro parou, o portão estava aberto, o pessoal tinha acabado de sair. Desceu um do carro, o outro ficou na porta, o que desceu já começou a atirar sem olhar em quem estava atirando, saiu atirando em todo mundo. A gente ainda avançou no que estava atirando, mas não conseguiu segurar, porque o comparsa dele começou a atirar na nossa direção", contou a avó da criança, Izaltina Luciana Moreira, nesta sexta-feira (24).

De acordo com a Polícia Militar (PM), o ataque foi um "acerto de contas". O pai do menino, Felipe Júnior Moreira Lima, teria envolvimento com o tráfico de drogas no bairro Morro Alto, em Vespasiano, na Grande BH, e seria o alvo dos disparos.

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Fonte: G1

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