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Falta de experiência, pouco estudo e qualificação: Profissão Repórter mostra as dificuldades dos jovens em busca do primeiro emprego

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Por PATRICIA em 06/03/2024 às 01:30:22

O programa mostra também aqueles que optaram pelo trabalho informal. Profissão Repórter mostra as dificuldades dos jovens em busca do primeiro emprego

A taxa de desemprego no Brasil vem caindo desde o fim da pandemia e hoje está abaixo dos 8%, mas, os jovens com idades entre 18 e 24 anos, ainda enfrentam dificuldade para entrar no mercado de trabalho. Entre eles, a taxa de desocupação é o dobro da média nacional (15,3%), segundo dados do IBGE.

O Profissão Repórter deste terça-feira (5) mostrou as dificuldades enfrentadas pelos jovens que estão em busca do primeiro emprego e dos que optam pelo trabalho informam. Saiba mais abaixo.

Profissão Repórter mostra as dificuldades dos jovens em busca do primeiro emprego

Reprodução/TV Globo

Busca por oportunidade

Profissão Repórter acompanha jovens em processo seletivo em SP

A equipe acompanhou jovens em um processo seletivo para a vagas de atendentes em postos da prefeitura pelo CATE, o Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo da Prefeitura de São Paulo.

A jovem Beatriz de Lima, tem 23 anos, e está há um ano procurando emprego.

"Muitas vezes, exigem muitas experiências ou cursos. Então acaba se tornando muito difícil. E têm muitos jovens que ainda nem ingressaram no mercado de trabalho e eles pedem experiência. Eu gostaria muito de arrumar um emprego para dar inicio no curso de enfermagem", conta Beatriz.

Jovem de 23 anos está há um ano procurando emprego

Reprodução/TV Globo

Cristiane da Silva, também tem 23 anos e está fora do mercado de trabalho desde a filha nasceu, há dois anos. Ela acredita que concorrer a uma oportunidade tornou-se mais difícil após virar mãe.

"Depois que eu virei mãe, não consegui mais. Parece que fica mais difícil. Depois que eu falo, parece que eles perdem o interesse. Eu deixei minha filha na creche e já vim para cá", afirma.

Jovem relata dificuldade para conseguir emprego após virar mãe

Reprodução/TV Globo

Das 170 pessoas que se inscreveram no processo seletivo, 60 passaram para a segunda fase. Tanto Beatriz quanto Cristiana ficaram fora da seleção.

Dificuldade para entrar no mercado de trabalho

Prestes a se formar em TI, jovem faz bico como feirante diante da dificuldade para encontrar emprego na área

Segundo o DIESSE, de cada 10 pessoas de baixa renda com nível superior, 6 estão em empregos que não exigem faculdade. Esse é o caso do universitário Arthur Kostruba, de 21 anos, que está prestes a se formar no curso de gestão de Tecnologia da Informação.

O Profissão Repórter acompanhou por uma semana a rotina do jovem que, entre a espera por um emprego e as aulas na faculdade, faz bicos como feirante e como ajudante em um buffet infantil (veja no vídeo acima).

Prestes a se formar em TI, jovem faz bico como feirante diante da dificuldade para encontrar emprego na área

Reprodução/TV Globo

Além do currículo, Arthur também carrega seu certificado de Inglês fluente pela Universidade de Cambridge e sonha em entrar no mercado de trabalho.

"Fiz algumas entrevista, mas não deu continuidade em nenhum. Eu queria que fosse para frente, mas não deu certo. Teve uma que gostei bastante, mas não foi pra frente. Fiquei bem chateado na época", conta o universitário.

De cada 10 pessoas de baixa renda com nível superior, 6 estão em empregos que não exigem faculdade

Trabalho informal como alternativa

Profissão Repórter conhece jovens que resolveram trabalhar como entregadores de aplicativo no mercado informal

Em diferentes pontos da capital paulista, a equipe conheceu jovens que resolveram trabalhar como entregadores de aplicativo no mercado informal. No Brasil, eles são representados por 589 mil pessoas. Desses, 97% são homens e 39% têm idade de 20 a 29 anos.

Eles fazem parte do grupo de 39 milhões de brasileiros que atuam na informalidade, segundo dados do IBGE.

"Mesmo a gente sabendo que tem os riscos de a gente estar com bike na rua, querendo ou não, compensa mais do que a gente enfrentar uma fila de trabalho, porque muitas vezes, a gente até chega lá, mas falta uma escolaridade, um curso ou alguma coisa assim", afirma o entregador de aplicativo Fernando da Silva.

Jovem de SP trabalha com entregas pelo aplicativo desde os 18 anos

Johnatan Siqueira, de 23 anos, começou a fazer entregas de bicicleta aos 18 anos, após completar o Ensino Médio. Hoje, cinco anos depois, trabalha com uma moto alugada.

"Por você não ter às vezes um estudo apropriado, acaba sendo um meio mais fácil para viver a vida".

Profissão Repórter conhece jovens que resolveram trabalhar como entregadores de aplicativo no mercado informal

Reprodução/TV Globo

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Veja a íntegra do programa abaixo:

Edição de 05/03/2024

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Fonte: G1

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