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Pinacoteca de São Paulo celebra centenário de Lygia Clark

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Por PATRICIA em 02/03/2024 às 22:02:28

Para o centenário de uma das artistas mais celebradas do Brasil, a Pinacoteca de São Paulo guardou todas as sete salas de exposição, que parecem até ampliadas. Exposição de obras raras comemora o centenário de Lygia Clark

Em São Paulo, uma exposição aproxima o público das obras da pintora e escultora Lygia Clark. É a celebração do centenário da artista mineira.

Estar diante de Lygia Clark pode ser:

"Estranho. Você consegue ver você mesmo. É bem diferente. Diferente...", afirma o atendente de telemarketing Marcos dos Santos Souza.

Dessa jornada, ninguém sai espectador.

"Tocar nas peças é uma experiência incrível", diz a professora de história Mariana Rodrigues.

Exposição sobre Lygia Clark na Pinacoteca, em São Paulo

Reprodução

"Traz um pouco do lúdico, essa coisa meio infantil de explorar de uma forma bruta, digamos assim, coisas do dia a dia", diz Daniel Ayumi, gerente de marketing.

Para o centenário de uma das artistas mais celebradas do Brasil, a Pinacoteca de São Paulo guardou todas as sete salas de exposição, que parecem até ampliadas.

A poesia da pintora e escultora mineira se espalha, sem pudor, desmistificando a arte, o que aliás era seu propósito.

Com "Os Bichos", de 1959, ganhou o prêmio de melhor escultora do Brasil na Bienal Internacional de São Paulo.

"São planos articulados em metal. E eles eram esculturas abstratas que só ganhavam sentindo quando o público manipulava essas peças. Então, a escultura deixava de ser uma coisa para ser vista, mas para ser vivida", diz a curadora da Pinacoteca, Pollyana Quintella.

É a cumplicidade definitiva com quem para ver. E mexer e se deixar tocar.

"Entrando em contato com coisa que tá te dando uma resposta silenciosa que exige sua atenção para ela. Senão, ela desequilibra e cai, mas quando ela cai, a gente aprende que não é uma queda, é só uma resposta", afirma Juliano Werneck, diretor da associação cultural mundo de Lygia Clark.

"Eu tava pensando como a gente tenta retornar alguma posição que ela tava, a gente não consegue fazer isso, porque já é uma outra obra. Isso é muito incrível. Estou vidrada aqui, podendo mexer com 'Os Bichos'", diz Melissa Alves, curadora e arquiteta.

O público como ator e parte da obra. Está aí uma imagem precisa para definir Lygia Clark. Que ousou extrapolar as molduras das telas, escapar dos museus, experimentar matérias-primas fora do ateliê. Para Clark, vida real e a arte não se separam.

"Parece a radicalidade dessa obra ganha ainda mais enfase no presente, hoje a gente vive uma virada digital muito intensa e isso, muitas vezes, nos afasta da sensorialidade, do tato, do paladar, do olfato. E Lygia desde 1966, ela nos convida a despertar esses sentidos. Parece ainda mais radical para nós", diz Quintella.

Fonte: G1

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