Investigado enviava mensagens de cunho sexual, insistia para vítima terminar relacionamento com marido e fazia ameaças, segundo a promotoria. g1 tenta localizar a defesa do suspeito. Tenente-coronel é investigado por suspeita de assédio contra subordinada
O Ministério Público do Paraná (MP-PR) ofereceu denúncia contra um tenente-coronel do Corpo de Bombeiros, lotado em Maringá, no norte do Paraná, por assédio sexual praticado com uma subordinada durante o trabalho.
A denúncia foi oferecida na quarta-feira (28), pela 1ª Promotoria de Justiça Junto à Auditoria Militar Estadual. Até a última atualização da reportagem, nesta sexta-feira (1º), a Justiça não havia avaliado a denúncia.
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Os casos de assédios ocorreram entre abril de 2022 a 4 de julho de 2023, conforme o MP. O nome do investigado não foi revelado, e a denúncia está sob sigilo.
A promotoria aponta que o suspeito enviava mensagens e bilhetes para a vítima sugerindo o término do relacionamento com o então noivo, além de impor relação amorosa com a militar.
Entre as mensagens enviadas à vítima, o militar coagia a mulher para que não engravidasse, sob ameaça de prejuízos na carreira na corporação.
A defesa do investigado se manifestou por meio de uma nota escrita. Disse que a acusação é "caluniosa" e que ocorreu depois que o tenente-coronel pediu providências contra "supostos atos de desacato" e "desobediência" por parte da vítima.
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Também em por meio de nota, o Corpo de Bombeiros informou que, inicialmente, instaurou Inquérito Policial Militar (IPM) para investigar o caso e encaminhou as conclusões ao Ministério Público Estadual.
5º Grupamento de Bombeiros de Maringá
Corpo de Bombeiros/divulgação
Disse ainda que o militar foi afastado da função até que as investigações sejam concluídas.
Ele deve responder por assédio sexual, praticado seis vezes, e prevaricação, por praticar contra disposição legal com o proposito de satisfazer interesse pessoal.
Mau desempenho
Conforme a promotora do caso, Silvia Leme Corrêa, a conduta do suspeito teria prejudicado o desempenho profissional durante o trabalho.
"Passou a recusar-se a falar com ela sobre assuntos profissionais e a cumprimentá-la; a desviar o olhar quando se deparava com ela no posto militar; a desautorizar o deslocamento da vítima para outra cidade e a fruição de folgas por ela", disse.
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