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Número de suspeitos mortos após confrontos policiais chega a 14 na Baixada Santista, diz SSP

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Por PATRICIA em 09/02/2024 às 14:18:29

Confrontos entre suspeitos e policiais começaram após a morte do PM das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Samuel Wesley Cosmo, que completou uma semana nesta sexta-feira (9). Policiamento preventivo e ostensivo na Baixada Santista foi reforçado. José Marcos Nunes da Silva (à esquerda) e Rodnei da Silva Sousa foram mortos pela polícia em confrontos

Arquivo Pessoal

O número de suspeitos mortos após confrontos com policiais na Baixada Santista, no litoral de São Paulo, chegou a 14 em uma semana. Os dados são da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) que não inclui na contagem o homem que pulou de um prédio de quatro andares para fugir da polícia. As mortes começaram após o reforço do policiamento na região com o assassinato do PM das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), Samuel Wesley Cosmo.

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Segundo o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, a região passa pela terceira fase da Operação Verão. Após a morte do cabo da PM José Silveira dos Santos, a secretaria montou um gabinete em Santos para coordenar a operação policial.

O último registro de morte de suspeitos por confronto com a polícia aconteceu durante a noite de quinta-feira (8), em Santos. Dois homens, que ainda não foram identificados, morreram em confronto com policiais militares da Rota em frente a um terreno baldio no bairro Piratininga.

Em nota, a SSP-SP afirmou que todos os casos são rigorosamente investigados pela 3ª Delegacia de Homicídios da Deic de Santos, com o acompanhamento do Ministério Público e do Poder Judiciário.

Sobe para 14 o número de suspeitos mortos em confrontos com a polícia em Santos, no litoral sul de São Paulo

Confira, abaixo, o que se sabe sobre as mortes no litoral de SP:

Sábado (3) - seis mortos

O primeiro suspeito, que ainda não foi identificado, morreu na madrugada de sábado (3). O caso aconteceu na Avenida Francisco da Costa Pires, no bairro São Jorge, em Santos. Segundo a SSP-SP, policiais da Rota estavam em operação no local quando foram recebidos a tiros pelo homem e revidaram. O suspeito chegou a ser socorrido ao Hospital Vicentino, mas não resistiu.

Ainda naquela madrugada, José Marcos Nunes da Silva, de 45 anos, também morreu. Este caso aconteceu na Avenida Sambaiatuba, no bairro Jóquei Clube, em São Vicente. Segundo a SSP, os policiais deram ordem de parada ao suspeito, que tentou fugir a pé e atirou na direção dos agentes. Ao g1, a família da vítima disse que José era catador de recicláveis e implorou pela própria vida.

José Marcos Nunes da Silva, de 45 anos, foi morto dentro do próprio barraco na comunidade do Sambaiatuba

Arquivo Pessoal e g1 Santos

Por volta das 11h do mesmo dia, outro suspeito - também não identificado - morreu na Rua Joaquim Teixeira de Carvalho, no bairro do Bom Retiro, em Santos. Ele foi atingido após atirar contra policiais do 3º BPChq.

Durante aquela noite, outras três mortes foram registradas na Vila dos Criadores, também em Santos. De acordo com a SSP-SP, suspeitos atiraram contra policiais que faziam uma incursão na região e, depois, fugiram. No entanto, houve troca de tiros e o trio acabou atingido.

Domingo (4) - uma morte

Rodnei da Silva Sousa, de 28 anos, morreu após ser baleado por tiros de fuzis de dois PMs da Rota no Morro São Bento, em Santos. Ele estava em um carro de aplicativo que foi abordado pelos agentes na noite de domingo (4).

Segundo o boletim de ocorrência, o motorista de aplicativo atendeu a ordem dos policiais e desceu. Porém, o passageiro, que estava no banco da frente, teria apontado uma arma contra os agentes. Dois PMs reagiram e dispararam.

Rodnei veio de Peruíbe e vivia no Morro do São Bento, em Santos (SP); ele deixou filho de 4 anos

Arquivo pessoal

Quarta-feira (7) - seis mortos

Gabriel da Silva Batista de Sena, de 14 anos morreu após ser baleado por uma equipe da Polícia Rodoviária na Rodovia dos Imigrantes, durante a madrugada de quarta-feira (7), na altura de Cubatão. Segundo boletim de ocorrência, obtido pelo g1, policiais viram três homens em atitude suspeita andando na beira da rodovia. Eles desembarcaram da viatura e foram surpreendidos por disparos de arma de fogo.

Um homem, de 33 anos, morreu após cair do 4º andar de um prédio durante a tarde. A queda aconteceu enquanto ele fugia da Polícia Militar, que procurava pelos suspeitos de atirarem no cabo da PM José Silveira dos Santos, no bairro São Manoel, em Santos. Essa morte não é contabilizada pela Secretaria de Segurança Pública.

Na mesma data, outro suspeito, identificado como Davi Gonçalves Junior, de 20 anos, morreu após ser baleado em uma casa na Avenida Oswaldo Toschi, no bairro Parque, em São Vicente. Ele teria apontado uma arma para os policiais, que atiraram novamente em legítima defesa.

Durante a noite, por volta das 21h50, outros dois homens morreram em Itanhaém. Segundo a PM, uma equipe da Força Tática estava em patrulhamento na Rua Manoel Francisco Lisboa, no bairro Belas Artes, quando avistou suspeitos. Eles efetuaram diversos disparos de arma de fogo contra a equipe, que se defendeu. Dois homens foram baleados e morreram no local, enquanto os demais fugiram.

Mais tarde naquela noite, por volta das 22h45, um homem identificado apenas como Jonathan Correa de Oliveira, morreu baleado por policiais militares do 6º Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP) na comunidade da Vila dos Pescadores, em Cubatão (SP). Ao notar a aproximação da equipe, o suspeito teria sacado uma pistola e atirado diversas vezes contra os policiais militares, que revidaram.

Suspeito que morreu em São Vicente foi levado ao PS Central, mas chegou sem vida

Alexsander Ferraz/A Tribuna Jornal

Quinta-feira (8) - dois mortes

Dois homens, que ainda não foram identificados, morreram em confronto com policiais militares da Rota em frente a um terreno baldio de Santos.

De acordo com o boletim de ocorrência, agentes averiguavam uma denúncia sobre a localização do acusado de matar o policial Samuel Wesley Cosmo, quando viram homens que dispararam contra os PMs enquanto fugiam. Uma outra equipe se deparou com os indivíduos e durante confronto, dois suspeitos foram baleados.

Morte de policiais

Policiais militares Marcelo Augusto da Silva, Samuel Wesley Cosmo e José Silveira dos Santos, mortos na Baixada Santista (SP)

Reprodução/Redes Sociais e g1 Santos

No dia 26 de janeiro, o policial militar Marcelo Augusto da Silva foi morto na rodovia dos Imigrantes, na altura de Cubatão. Ele foi baleado enquanto voltava para casa de moto. Uma grande quantidade de munições estava espalhada na rodovia. O armamento de Marcelo, no entanto, não foi encontrado.

Segundo a Polícia Civil, Marcelo foi atingido por um disparo na cabeça e dois no abdômen. Ele integrava o 38º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) de São Paulo, mas fazia parte do reforço da Operação Verão em Praia Grande (SP).

No dia 2 de fevereiro, o policial das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Samuel Wesley Cosmo morreu durante patrulhamento de rotina na Praça José Lamacchia, no bairro Bom Retiro. O agente chegou a ser socorrido para a Santa Casa de Santos (SP), mas morreu na unidade.

Uma gravação de câmera corporal obtida pelo g1 mostra o momento em que o soldado da Rota foi baleado no rosto durante um patrulhamento no bairro Bom Retiro (assista abaixo).

Vídeo mostra o PM da Rota sendo baleado no rosto em viela no litoral de SP

Cinco dias depois, o cabo PM José Silveira dos Santos, do 2? Batalhão de Ações Especiais de Polícia (BAEP), morreu ao ser baleado durante patrulhamento no bairro Jardim São Manoel, em Santos. Na ocasião, outro policial militar foi baleado e está internado.

Gabinete na Baixada Santista

Após a morte do cabo da PM José Silveira dos Santos, nesta quarta-feira (7), a Secretaria de Segurança de São Paulo (SSP-SP) montou um gabinete em Santos para coordenar a operação policial da região.

Secretário de Segurança de SP, Guilherme Derrite concedeu entrevista coletiva em Santos

Silvio Luiz/A Tribuna Jornal

O titular da pasta, Guilherme Derrite, anunciou uma recompensa de R$ 50 mil por informações sobre o assassino do PM da Rota Samuel Wesley Cosmo.

Ele ainda se posicionou sobre o nome da operação policial em vigor. Derrite corrigiu uma informação errada da pasta que, após a morte do PM da Rota Samuel Cosmo, disse ter deflagrado uma nova Operação Escudo na região.

O secretário apontou que o aumento do efetivo no litoral paulista após o assassinato do policial se deve a um reforço na Operação Verão e que a instalação do gabinete da SSP-SP no CPI-6, na quinta-feira (8), representa a 3ª fase da ação.

VÍDEOS: g1 em 1 Minuto Santos

Fonte: G1

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