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BC vê desaceleração menor no ritmo de atividade, mas reafirma intenção de manter cortes de juros

O Banco Central avaliou nesta terça-feira (6) que identificou elementos que permitiriam observar, nos próximos meses, uma "atenuação da desaceleração da atividade" econômica, por conta do aumento da renda das famílias, como reflexo da elevação do salário-mínimo, de benefícios sociais, além de um mercado de trabalho mais resiliente.

Por PATRICIA em 06/02/2024 às 08:42:27

Foto: Reprodução internet

O Banco Central avaliou nesta terça-feira (6) que identificou elementos que permitiriam observar, nos próximos meses, uma "atenuação da desaceleração da atividade" econômica, por conta do aumento da renda das famílias, como reflexo da elevação do salário-mínimo, de benefícios sociais, além de um mercado de trabalho mais resiliente.

A informação foi divulgada por meio da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que decidiu reduzir, na semana passada, a taxa básica de juros de 11,75% para 11,25% ao ano - o menor nível em dois anos. Esse foi o quinto corte seguido na taxa Selic.

"Notou-se que um mercado de trabalho mais apertado, com reajustes salariais acima da meta de inflação, pode potencialmente retardar a convergência da inflação [para as metas preestabelecidas], impactando notadamente a inflação de serviços e de setores mais intensivos em mão de obra", avaliou o Copom.

Entretanto, o Banco Central também observou que, por outro lado, há uma "recomposição favorável de preços relativos", uma "dinâmica benigna de 'commodities' [produtos básicos, como alimentos, minérios e petróleo] ou uma menor inflação de serviços poderiam potencialmente contribuir para um processo desinflacionário mais célere".

Por fim, o Banco Central reafirmou a indicação da expectativa de cortes de 0,50 ponto percentual nas próximas reuniões do Copom, marcadas para os próximos meses, e avaliaram que esse é o "ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário".

Definição da taxa de juros

A Selic é o principal instrumento de política monetária utilizado pelo BC para controlar a inflação. A taxa influencia todas as taxas de juros do país, como as taxas de juros dos empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.

Para definir a taxa básica de juros e tentar conter a alta dos preços, no sistema de metas de inflação, o BC faz projeções para o futuro.

Neste momento, a instituição já está mirando também para o início de 2025. Isso ocorre porque as mudanças na taxa Selic demoram de seis a 18 meses para ter impacto pleno na economia.

A meta de inflação deste ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3% e será considerada cumprida se oscilar entre 1,5% e 4,5%.

A partir de 2025, o governo mudou o regime de metas de inflação, e a meta passou a ser contínua em 3%, podendo oscilar entre 1,5% e 4,5% sem que seja descumprida.

Na semana retrasada, o mercado estimou uma inflação de 3,81% para este ano e de 3,50% para 2025.

NA ata do Copom, o BC avaliou que as expectativas de inflação "seguem desancoradas" em relação às metas centrais, ou seja, as projeções dos analistas do mercado estão acima do objetivo fixado pelo Conselho Monetário Nacional, e que, por isso, "são um fator de preocupação".

Fonte: G1

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