No AP, incêndio na Reserva Biológica do Lago Piratuba chega a 8 quilômetros de extensão

Segundo ICMBio, fogo teria começado em uma fazenda vizinha à Reserva Biológica do Lago Piratuba, que tem ceca de 400 mil hectares. Mais de 40 brigadistas atuam para conter as chamas. Incêndio já dura 10 dias na reserva

Rafael Aleixo/g1

Um incêndio com cerca de 8 quilômetros de extensão atinge desde o dia 8 de novembro a área oeste da Reserva Biológica do Lago Piratuba, no Leste do Amapá. Mais de 40 brigadistas do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) atuam na área.

O principal trabalho é a abertura de trincheiras para evitar que o fogo atinja outras áreas da única reserva federal no estado. A área protegida possui um total de 392.474,85 hectares a abrange os municípios de Amapá, Cutias e Tartarugalzinho, onde o incêndio se concentra.

Brigadistas trabalham diariamente para conter chamas

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Segundo o analista ambiental do ICMBio, Iranildo Coutinho, o acesso remoto é a principal dificuldade enfrentada pelas equipes.

"O combate em si é muito difícil. Abrir trincheiras, escavar, cortar essa vegetação, destocar pra poder chegar na argila é muito difícil. Mas, o maior trabalho, a maior dificuldade é com a logística. A gente tá num local muito distante, o acesso é muito difícil, a gente não consegue chegar por terra. Então precisamos de apoio aéreo, precisamos deslocar a equipe e o contingente de brigadistas por helicóptero", descreveu o analista.

Chamas avançam para restante da reserva, no Leste do Amapá

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Outro foco foi identificado na área sudoeste na reserva, e tem preocupado os brigadistas, que só podem seguir para esta outra área após o controle na área atual.

De acordo com o ICMBio, o incêndio teria começado em uma fazenda vizinha à reserva que cria búfalos, o que é comum no estado. A Polícia Civil do Amapá está investigando a origem do fogo.

"Esse incêndio já se encontra a 4 quilômetros pra dentro da reserva e já consumiu cerca de 5 mil hectares de áreas queimadas, tanto no entorno quanto dentro da reserva", informou Bruno Costa, Analista ambiental do ICMBio.

Mais de 40 brigadistas atuam na área

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Um helicóptero da Marinha está ajudando no transporte dos brigadistas. De acordo com o tenente capitão Sidney Pandini, que é comandante operativo de aeronave, a fumaça também dificulta os voos na região.

"Acaba se tornando um voo mais difícil, mas de forma alguma a gente diminui a segurança por causa disso. Com total segurança a gente conseguiu cumprir a misso no dia de hoje, e durante o dia obviamente a fumaça vai se dissipando e acaba se torando mais um facilitador pra gente, pra que a gente possa cumprir a missão", disse o comandante.

Euqipe de brigadistas do ICMBio e Ibama

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