De acordo com as apurações, os delegados investigados promoveram de forma clandestina e criminosa a interceptação no sistema VIGIA para praticarem stalking (perseguição) e a violência psicológica com a vítima. Tudo começou quando a namorada de Robson Cândido procurou a Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) e denunciou que estava sendo perseguida pelo então delegado-geral. Na época, a mulher de Robson também registrou ocorrência.
Na operação de ontem, foram colhidos elementos que apontam para a existência dos crimes de interceptação telefônica ilegal, corrupção passiva, violação de sigilo funcional, invasão de dispositivo de informática e descumprimento de medida protetiva de urgência.
O juiz Frederico Ernesto Cardoso Maciel, do Juizado de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher de Águas Claras, determinou o afastamento imediato do delegado Thiago Peralva Barbirato. O policial também terá de usar tornozeleira eletrônica.
O Ministério Público pediu a prisão preventiva de Thiago Peralva, mas a Justiça optou por decretar uma série de medidas restritivas. Ele está proibido de entrar em contato com a vítima e com testemunhas do processo de violência doméstica, por qualquer meio de comunicação. Também há restrição de contato de Peralva com qualquer servidor, estagiário, detentor de cargo comissionado, policial ou delegado lotado na 19ª DP ou com qualquer servidor ou promotor do Gaeco e do NCap.
Fonte: Correio Braziliense