Ao Correio, o presidente da Fecomércio- DF José Aparecido Freire disse que os comerciantes devem esta atentos para a tendência de mercado. "Precisam saber quais os produtos estão sendo mais procurados, investir na divulgação de suas promoções por meio das redes sociais e das vitrines, e informar o percentual de desconto real", enumerou. O presidente do Sindivarejista, Sebastião Abritta, conta que, desde agosto, vem se preparando para a Black Friday. "Os setores que mais vendem são os de roupas, calçados, artigos para o lar e televisores", relata.
O levantamento da Fecomércio aponta que a maioria dos lojistas espera vender mais no cartão de crédito (85.5%), seguido pelo cartão de débito (13.3%), e pela transferência/pix (2%). Apenas 1,2% dos lojistas esperam receber o pagamento em dinheiro. A maioria dos lojistas (70%) declarou que vai utilizar alguma estratégia para aumentar as vendas, entre elas, a promoção foi a mais mencionada (35,2%), divulgação em redes sociais (22,8%) e diversidade de produtos (22,1%).
Dvair Borges Lacerda, Diretor de Distribuição do Fujioka conta que a empresa se prepara para a Black Friday. "Antecipamos todas as ações, seja aumentando o estoque, negociando ofertas agressivas com os fornecedores, na preparação de equipe e em ações de marketing tanto para as lojas como para o site" relata. "Desde o início do segundo semestre já fizemos a programação para ter estoque disponível para a principal data para o varejo, então, se antecipar é fundamental para ter os produtos e condições mais desejados", completa.
Para Dvair, a expectativa é que haja um crescimento acima de 20% no faturamento. Sobre os produtos mais procurados pelo consumidor, ele cita que grande parte é no setor da tecnologia. "Podemos destacar alguns 'queridinhos' como televisores (principalmente com muitas polegadas), celulares, notebooks, tablets, videogames, ar condicionado, fritadeiras, fones de ouvidos, secadores, pranchas", conta.
Eliene de Souza, 66, é gerente de uma perfumaria no shopping Conjunto Nacional, e conta que as expectativas estão altas para a data. "Teve um aumento de compras para o estoque, produtos de lançamento e outros que vendem bastante. A cada semana terá uma promoção diferente até o dia 30 de novembro. E esperamos faturar em torno de 10% a 15% a mais", projeta.
A vendedora de uma loja de roupas íntimas no Conjunto Nacional, Larissa Duarte, 28, conta que está com os estoques cheios a espera a chegada de muitos clientes na época de promoção. "As promoções vão enquanto durarem os estoques. Ela acredita que as vendas vão aumentar em cerca de 15%. Com muitos anos de experiência do setor de varejo ela afirma que a Black Friday aquece o setor.
O especialista em vendas, Carlos Busch dá dicas para o comerciante se preparar para a data e, é claro, vender mais. "O período que antecede a Black Friday é uma excelente oportunidade para os comerciantes investirem em uma comunicação mais educativa, focada em conceitos, benefícios e diferenciais dos seus produtos, criando uma expectativa positiva nas semanas seguintes até a data promocional", disse.
Para ele, se preparar com antecedência ajuda a fazer com que os consumidores se programem para aproveitar as promoções. "Eles vão ter em mente que estão fazendo uma escolha consciente e vantajosa, e não apenas se deixando levar pelo impulso das grandes liquidações", conta.
Outro aspecto importante que o especialista ressalta é investir em experiências para o consumidor e seus acompanhantes. Criar ambientes agradáveis, com ativações interativas e brindes exclusivos, pode tornar a compra uma experiência memorável, incentivando o cliente a retornar em outras ocasiões. Além disso, é fundamental facilitar o processo de compra, proporcionando diferentes opções de pagamento e garantindo a segurança dos dados.
Fonte: Correio Braziliense