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Greve na USP: Reitoria diz que vai contratar professores, mas mobilização continua até nova assembleia para debater propostas

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Por PATRICIA em 04/10/2023 às 18:10:34

Representantes da universidade também garantiram que nenhum curso será fechado por falta docentes. Alunos decidem manter a paralisação até que possam discutir o tema em assembleia. Ato de estudantes em frente à reitoria da USP

Gessyca Rocha/TV Globo

Alunos do movimento grevista e integrantes da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) se reuniram nesta quarta-feira (4) para discutir as reivindicações que levaram à mobilização de estudantes e docentes da instituição. A reitoria se comprometeu a contratar mais de mil professores.

O reitor Carlos Carlotti Jr. e sua vice, Maria Arruda, participaram do encontro, no qual foram negociados alguns pontos:

Contratação de professores: a reitoria se comprometeu a disponibilizar 1027 vagas docentes. Dessas 879 já estavam previstas e 148 serão distribuídas conforme a necessidade das unidades de ensino.

Abertura de dados: a reitoria também se comprometeu em disponibilizar publicamente uma planilha com os dados referentes ao número de docentes da universidade.

Segundo o levantamento da Associação de Docentes da USP, com base nas folhas de pagamento, o número proposto ainda é menor do que o de vagas perdidas pela universidade ao longo dos últimos nove anos, de 1042 profissionais.

Reunião entre estudantes e membros da reitoria da USP, nesta quarta (4)

Gessyca Rocha/TV Globo

Manutenção dos cursos: a reitoria afirmou que nenhum curso da universidade será fechado por falta de professores.

No manifesto da greve, os estudante demonstraram preocupação com risco de fechamento de alguns cursos devido ao déficit de docentes e funcionários, como os de habilitação em coreano (Faculdade de Letras); técnico de formação de atores (Escola de Artes Dramáticas); obstetrícia, no campus da USP Leste; e pedagogia, no campus de Ribeirão Preto.

Termo de Não Represália: a gestão Carlotti se comprometeu a assinar um documento após a greve, como forma de garantia que não haverá perseguição a alunos que aderiram ao movimento.

Faixa estendida por estudantes em greve no portão da reitoria da USP

Gessyca Rocha/TV Globo

Democratização do ensino: a gestão atual afirmou que implementará uma comissão para estudar formas de aumentar o acesso de indígenas à USP.

Permanência estudantil: a proposta dos grevistas de equiparação da verba do auxílio ao valor do salário mínimo paulista será avaliada pela reitoria, que deverá apresentar uma devolutiva na próxima reunião.

Os representantes do movimento se comprometeram a levar as propostas apresentadas pela reitoria às assembleias estudantis, incluindo os pontos aos quais ela já cedeu. A eles, também foi solicitada a retirada dos bloqueios físicos colocados nos prédios da instituição.

Os alunos decidiram manter a paralisação até que realizem uma próxima assembleia geral para debater as propostas apresentadas.

Uma nova reunião entre as partes foi marcada para a manhã da próxima segunda-feira (9), com objetivo de negociar os demais tópicos reivindicados.

Docentes que apoiam o movimento dos estudantes foram proibidos de participar do encontro desta quarta.

Fonte: G1

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