logo banner
Centro automotivo Eder

Velório coletivo marca a despedida de vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul

.

Por PATRICIA em 09/09/2023 às 21:19:32

Equipes ainda buscam 46 desaparecidos depois das chuvas no estado. Velório coletivo marca a despedida de vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul

Reprodução/TV Globo

Um velório coletivo marcou a despedida às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul; 42 pessoas morreram; 46 permanecem desaparecidas.

Diante dos caixões enfileirados, tristeza e dor.

"Não é fácil perder pai mãe assim na mesma hora, ninguém está preparado para isso", relata o pedreiro Renato de Brito Freitas.

Repórter: Está se despedindo de quem?

"Do meu filho Wagner e do meu marido Atalino. Ele pediu pra gente ir para casa de uma vizinha que tinha dois pisos para nos proteger e eles ficaram", conta a aposentada Ana Lorenzi.

O velório de nove das 16 vítimas da cidade de Muçum aconteceu na manhã deste sábado (9) na cidade vizinha de Vespasiano Correa. A enxurrada destruiu o cemitério de Muçum.Em meio ao luto, muita gente ainda busca por parentes e amigos. Darci Pedro Fernandes procura um vizinho.

"Não deu pra chegar na casa dele. Dai depois não foi mais visto. Só vimos a casa desabando e não foi mais visto", disse ela.

O desafio em busca de desaparecidos tem sido imenso para o Corpo de Bombeiros. São áreas enormes a serem percorridas. Um dos desaparecidos morava na região ao lado de uma imensa olaria que foi destruída pela força das águas. Todos os escombros precisam ser vasculhados e esse trabalho está contando com a ajuda de um cão farejador que veio da equipe de Corpo de Bombeiros de Santa Catarina. O Bravo já ajudou nas buscas por vítimas de outras tragédias, como no rompimento da barragem de Brumadinho, em Minas Gerais.

"É a melhor ferramenta hoje que existe na localização de pessoas desaparecidas", relata o sargento Jaques Romão".

Por cinco dias, as equipes vasculharam essa área a procura de Claudiomiro Luís Trindade, de 54 anos. O corpo dele foi encontrado, esta tarde, por voluntários, em meio aos escombros e a lama, distante 1 quilômetro do local onde morava.

"É triste, muito triste porque a gente vem com o intuito de ajudar pessoas e acaba encontrando pessoas mortas. É um peso, tu tem que ter psicológico para estar aqui", relata a voluntária Amanda Gomes Pavan.

Nas ruas do pequeno município de Muçum, o cenário ainda é de desolação.

"É uma tristeza, é uma tristeza que eu te digo. A outra vez ela veio mais baixo, metade do porão, só que dessa vez destruiu, foi devastador", lamenta o operário Claucir Cipriano.

Máquinas pesadas recolhem toneladas de entulhos. Caminhões-pipa levam água para ajudar na limpeza. A operária Claudia Stil pensa em sair da cidade.

"É muito assustador, nunca tinha visto. Meus pais moram aqui há trinta anos e nunca veio enchente, nem no porão da casa, não tem condições. Agora a gente arruma, reconstrói. Ai daqui vem outra , depois reconstrói de novo, vem outra. O pessoal vai perdendo as forças".

Fonte: G1

Comunicar erro
LINK NET

Comentários