No Mato Grosso do Sul, é tempo de celebração. No Pantanal ocorre a primeira cheia, depois de quatro anos de seca, de 2019 a 2022, a intensidade da chuva muda o cenário na região do Rio Paraguai. Os produtores rurais e pescadores comemoraram as perspectivas na colheita e pesca. Ver vídeos [abaixo].
Com o ressurgimento das baías, corixos e campos inundados, a previsão é de um ano farto na colheita e pesca. É que com a cheia o fluxo dos peixes também muda.
O cenário é lindíssimo: muita água, verde vivo por todos os lados. Com uma fauna e flora riquíssimas, o Pantanal dá um show de beleza todos os dias sobretudo em tempos de cheia e com o fantasma da seca distante [veja abaixo].
Pantanal, região de múltiplas belezas
Com 250 mil metros de extensão nos estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso, o Pantanal é avaliado como maior planície alagada do mundo.
A ONG (organização não governamental) Instituto Homem Pantaneiro diz que o Pantanal "vive de diferentes conexões": florestas, vegetação rasteira, "um pouco de Amazônia, um pouco de Mata Atlântica e um pouco de Cerrado".
No perfil do Facebook, a ONG descreve que no Pantanal 46,9% do bioma é coberto por formações naturais não florestais, a vegetação rasteira.
Outros 33,3% do bioma correspondem a florestas, sendo que dessa região, são 42% de formações savânicas e 58% de formações florestais com árvores mais altas.
Assim, descrevendo em detalhes, as imagens da fauna e floras riquíssimas podem ser vistas por todos os lados.
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Vídeo da garça-moura
Um vídeo da garça-moura é encantador. A ave está lá à vontade e plena na natureza [ver abaixo].
A espécie vive apenas em áreas alagadas e pesquisadores advertem sobre o risco de extinção.
"E é a conservação desse território que permite que centenas de outras espécies de animais possam viver em condição de harmonia. Aproximadamente 20% das espécies do Planeta Terra vivem no Brasil", observou a ONG na página oficial.
Tempos de abundância
Em Cáceres (MT), o Rio Paraguai superou 5,36 metros, maior nível desde 2018 (4,96m).
A previsão é de que a água também chegue a Ladário, cidade vizinha a Corumbá, a 419 km da Capital, onde o Paraguai ainda está baixo (2,39m) para a média histórica (em 2018, atingiu 4,10m, no período), conforme monitoramento da Marinha Brasileira.
O pesquisador da Embrapa Pantanal, Agostinho Catella, calcula que a região terá um excelente ano de produção pesqueira.
"As condições ambientais [do Pantanal] em 2023 devem concorrer positivamente para a produção natural de peixes e para a pesca", afirmou.
Segundo o especialista, o fim da piracema coincidiu com a subida das águas, o que favoreceu a manutenção do estoque pesqueiro. De acordo com Catella, o fluxo dos peixes também é alterado.
O pesquisador afirmou que os recém-nascidos e os ovos rodam rio abaixo e adentram os campos inundados, onde encontram alimento e abrigo.
"Na vazante, com o refluxo das águas, os adultos retornam para os rios e reiniciam um novo ciclo. Outras espécies, que não fazem piracema, permanecem nos alagados durante a estiagem", observou.
o período de seca, o peixe se concentra nas calhas do rio e em águas mais velozes. Com maior volume de água, as possibilidades da pesca se ampliam, com mais pontos de captura e acesso a outros tipos de peixe. A Acert (Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo) aponta que esse período é um dos mais adequados para praticar o pesque e solte, especialmente em Corumbá, que tem a melhor estrutura para a pesca esportiva.
Veja as imagens que mostram a cheia no Pantanal depois de 4 anos de seca
Com a natureza rica em fauna e floral, o Pantanal com a cheia dá um show de beleza
Com informações da ONG Instituto Homem Pantaneiro e Campo Grande News
Fonte: Só Noticia Boa