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Brasilienses se unem para cobrar a regularização de parques urbanos

A história dos moradores de Ceilândia com o Parque Urbano do Setor O remonta e muito, a data em que ele foi criado oficialmente, há quatro anos.

Por PATRICIA em 22/05/2023 às 06:53:10

Moradora do Setor O há quase três décadas, a aposentada Carmem Lima Alencar, 63, conhece bem a reserva ambiental e enxerga o espaço como um bem da comunidade, com potencial para atrair visitantes de outras regiões administrativas. "Esse parque próximo de nossas casas nos proporciona bem estar e muita liberdade para apreciarmos a paisagem e fazermos nossas caminhadas. É uma maravilha passar por aqui e ver os casais namorando ao ar livre totalmente conectados com a natureza ", descreve.

A pergunta que os moradores se fazem é: porque o parque urbano do Setor O continua na lista dos parques de papel da capital? Segundo o administrador regional de Ceilândia, Dilson Resende de Almeida, o Plano de Uso de Ocupação da área só foi concluído no início de 2022, quando foi encaminhado para a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh), que, por sua vez, enviou o documento para o Conselho de Planejamento Territorial e Urbano do Distrito Federal (Conplan). Procurada, a Seduh confirmou o recebimento do documento e disse que aguarda a avaliação por parte do Conplan.

"Esse espaço é muito importante para a comunidade de Ceilândia. Estamos aguardando a aprovação do conselho (Conplan) e o decreto de regularização da área como parque para darmos andamento aos projetos arquitetônicos. Mesmo sem isso, fizemos obras de recapeamento da ciclovia e, há cerca de um mês, toda a iluminação foi substituída por LED", afirma.

Metropolitano e Lagoinha

Não muito distante do Setor O, a comunidade do Sol Nascente e Pôr do Sol luta pela criação de duas reservas ambientais: o Parque Metropolitano, cortado pelo Rio Melchior, e o Parque Lagoinha. Ali, o sonho pode estar mais distante. Isso porque as regiões reivindicadas não são regulamentadas ainda. O administrador da região, Cláudio Ferreira Domingues, esclarece que o lugar necessita de regularização fundiária para que os primeiros estudos sejam realizados. "Estamos aguardando o posicionamento de outros órgãos do governo (Seduh, Secretaria de Meio Ambiente, Terracap e Novacap) para discutirmos sobre a regularização dessas regiões para, em seguida, darmos uma resposta à demanda dos moradores", ressalta.

A Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Proteção Animal (Sema/DF) recebeu os representantes das cidades para debater sobre a criação e a estruturação dos parques urbanos e ecológicos. Glauco Amorim da Cruz, subsecretário de Gestão das Águas e Resíduos Sólidos da pasta, destaca que o papel da Sema é controlar as políticas públicas ambientais com foco no desenvolvimento sustentável do DF e avaliar as propostas de interesse da população. "A comunidade pode contar com nosso apoio na busca de financiamento dos projetos para a implantação de florestas urbanas, parques e recuperação de bacias", destaca. 

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Fonte: Correio Braziliense

Tags:   áreas Verdes
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