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Alemanha forma comissão para reavaliar ataques nos Jogos Olímpicos de Munique de 1972

Por PATRICIA em 21/04/2023 às 04:04:14

Governo informou que quer solucionar perguntas não respondidas. Ataques causaram a morte de 11 israelenses, um policial alemão e cinco homens palestinos armados. Olimpíada de Munique (1972)

O governo da Alemanha nomeou uma comissão para reavaliar os ataques que aconteceram durante os Jogos Olímpicos de Munique de 1972, informou a ministra do interior, Nancy Faeser, nesta sexta-feira (21).

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Em setembro de 1972, membros da delegação de Israel foram feitos reféns na vila dos atletas por palestinos do grupo Setembro Negro.

Os ataques resultaram na morte de 11 israelenses, um policial alemão e cinco homens palestinos armados. À época, as tentativas de resgate às vítimas fracassaram e terminaram em um confronto armado.

O governo alemão afirmou que, com a comissão, quer solucionar perguntas que ficaram sem respostas.

"Por muitos anos, houve falta de compreensão ou reavaliação dos eventos, transparência sobre eles ou aceitação da responsabilidade por eles", disse Nancy Faeser.

Em setembro de 2022, quando o ataque completou 50 anos, o presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, pediu desculpas pelos ataques aos atletas.

Ainda no ano passado, o governo alemão e as famílias israelenses chegaram a um acordo de compensação de 28 milhões de euros.

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Terrorista visto na varanda da Vila Olímpica nas Olimpíadas de Munique, em 11 de setembro de 1972

Reprodução/TV Globo

O atentado

O ataque durante as Olimpíadas de Munique – que à época fazia parte da então Alemanha Ocidental – é considerado o maior atentado terrorista cometido durante um evento esportivo.

Quinze dias após o início dos jogos, oito membros da organização terrorista palestina conhecida como Setembro Negro invadiram o prédio da delegação de Israel e fizeram 11 atletas reféns. Eles exigiam a libertação de 250 presos palestinos, mas o governo israelense se recusou a atender à reivindicação.

Após um dia de negociações, três helicópteros decolaram da Vila Olímpica em direção ao aeroporto de Fuerstenfeldbruck, onde estava um avião que levaria os palestinos e os reféns para a Tunísia.

Após a aterrissagem, atiradores de elite do exército alemão começaram um tiroteio contra os sequestradores, que revidaram. Uma explosão foi ouvida em um dos helicópteros, e todos os atletas reféns morreram.

As competições foram suspensas por um dia, por conta do atentado. O ataque representou uma mudança nos protocolos olímpicos, que passou a exigir mais segurança para os atletas.

A partir da edição seguinte, nas Olimpíadas de Montreal de 1976, no Canadá, a Vila Olímpica passou a ter acesso restrito a atletas e delegação. Antes, jornalistas, por exemplo, podiam frequentar o espaço.

Fonte: G1

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