Joe Biden anuncia doação de US$ 500 milhões para o Fundo Amazônia

A doação ainda precisa ser aprovada pelo Congresso americano. Em entrevista à GloboNews, o secretário especial do clima, John Kerry, disse confiar que parlamentares do Partido Republicano e do Partido Democrata chegarão a um acordo para liberar os recursos. Biden anuncia doação de US$ 500 milhões para Fundo Amazônia

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a doação do equivalente a R$ 2,5 bilhões para o Fundo Amazônia.

Na abertura do fórum com 26 países, Joe Biden disse que a meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C ainda pode ser alcançada, as que isso vai depender de todos, não apenas de alguns governos.

"Estou feliz em anunciar que vou solicitar financiamento para que possamos contribuir com US$ 500 milhões para o Fundo Amazônia, e outras atividades, pelos próximos 5 anos para ajudar o Brasil com o esforço de acabar com o desmatamento até 2030”, disse o presidente americano.

O Fundo foi criado em 2008 para financiar projetos de combate ao desmatamento. Em 2019, a Alemanha e a Noruega, os dois maiores doadores, suspenderam os repasses depois de o então governo Bolsonaro extinguir comitês que orientavam a destinação dos recursos. O Fundo foi retomado no início do atual governo.

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Durante a reunião, o presidente Lula destacou que o Brasil vai investir na geração de energia solar e eólica, agricultura de baixo carbono e biocombustíveis. Disse ainda que a meta do governo é o desmatamento zero.

“Retomamos o plano de prevenção e controle do desmatamento na Amazônia, que em passado recente foi responsável pela queda recorde na devastação da floresta. Nossa meta agora , até 2030, é o desmatamento zero. Temos o compromisso de reflorestar 12 milhões de hectares, e estamos fortalecendo os investimentos em bioeconomia, assegurando trabalhos dignos e sustentáveis para os 25 milhões de brasileiros que vivem na região”, explica o presidente Lula.

Os Estados Unidos e o Brasil vinham discutindo o valor da contribuição ao Fundo Amazônia desde que o presidente Lula esteve na Casa Branca, em fevereiro. Mas a doação ainda precisa ser aprovada pelo Congresso americano. Hoje, a Câmara é controlada, com margem pequena, pela oposição republicana, que é mais cética às mudanças climáticas.

Em entrevista ao repórter Marcelo Lins, na GloboNews, o secretário especial do clima, John Kerry, afirmou que a doação desta quinta (20) é o início de uma parceria. Kerry disse confiar que parlamentares do Partido Republicano e do Partido Democrata chegarão a um acordo para liberar os recursos.

"Queremos ser transparentes. Temos respeito pela soberania do Brasil. Buscamos uma cooperação e não dizer como vocês devem agir", afirmou John Kerry.

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