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Final feliz!  Mãe adotiva encontra família biológica e pode salvar filho com câncer

Por PATRICIA em 16/02/2023 às 08:43:12

Terminou a angústia da mãe adotiva que procurava a família biológica para salvar o filho com câncer. Há cerca de duas semanas, Thereza Longobardi, de 80 anos, anunciou a busca pela familia do filho Francisco, de 41. E agora ela encontrou sete irmãos biológicos do rapaz, que sofre de câncer de medula óssea, e precisa urgentemente de um doador compatível.

Moradora de Sorocaba (SP), Dona Thereza apelou para reportagens conseguir achar a família. E com apoio da Record TV, o perito Ricardo Caires examinou um único documento amarelado pelo tempo e com o nome apagado da mãe biológica. Assim, Maria Aparecida Lourenço da Silva foi identificada.

Diante da constatação, irmãos de Francisco procuraram a emissora de televisão para o contato. E nesta semana, Dona Thereza se reuniu com os irmãos de Francisco. “Esta família é maravilhosa e me acolheu”, disse a mãe, emocionada. “[Francisco] é o amor da minha vida”, continuou.

Amor de mãe

Maria Aparecida, mãe biológica de Francisco, morreu ano passado. Mas os filhos contam que ela jamais deixou de falar no filho que foi entregue para doação. Tudo indica que ela se viu obrigada a abrir mão da guarda da criança.

Em 12 de fevereiro de 1982, Maria Aparecida era doméstica na casa de uma família e, logo após o parto, foi demitida. Sem saber o que fazer com uma criança nos braços, abriu mão de cuidar do bebê.

Jean da Silva, irmão de Francisco, conta emocionado o quanto a mãe sentia falta do filho que desconhecia o paradeiro. “Muitas vezes vi minha mãe orando pedindo para encontrar o filho”, afirmou.

Maria Aparecida não encontrará Francisco, mas os irmãos dele estão determinados a fazer a vontade da mãe. “Vamos ajudar no que for preciso”, disse Eli Carlos da Silva, sobre a doação de medula óssea.

O tipo de câncer

Há oito meses, Francisco luta contra o câncer de medula. Internado no Hospital Vitória Anália Franco, na Zona Leste de São Paulo, ele fez quimioterapia, radioterapia e cirurgias. Mas em dezembro, a família foi comunicada pelos médicos que a doença tinha retornado.

Pelas estatísticas, a chance de um doador desconhecido de medula óssea ser compatível é 1 em 100 mil, segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA), as possibilidades aumentam consideravelmente quando quem doa a medula é um parente próximo ao doente.

O encontro com a família biológica pode abreviar a espera e a angústia pela doação. Primeiro, os irmãos terão de fazer um exame de DNA para verificar se são de fato parentes biológicos.

A segunda etapa é o exame específico para identificar quem seria compatível para doar medula para Francisco. Os sete irmãos estão dispostos a ajudar.

Doação à brasileira

Há 41 anos, em Sorocaba (SP), Thereza Longobardi, de 80, realizou o grande sonho: ser mãe de um menino. Adotou Francisco, quando ele nasceu, levando-o do hospital direto para casa, a chamada “adoção à brasileira” que se usava na época.

Emocionada, Thereza apresentou o único documento que dá pistas sobre a mãe biológica de Francisco: um papel amarelado, que consta o número 27 do apartamento, o leito 7 e informações de que a criança nasceu de parto normal.

No documento, o nome da mãe foi rasurado. Parece ser “Maria Aparecida”, a data 12 de fevereiro de 1982, e mais nada. Na Santa Casa de Misericórdia de Sorocaba, a direção informou que não dispõe de informações.

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Dados sobre doação de medula

O Brasil tem o terceiro maior banco de doadores de medula no mundo, com mais de 5,5 milhões de pessoas cadastradas no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome).

O transplante de medula óssea pode beneficiar pessoas com cerca de 80 doenças diferentes, como leucemias, linfomas, mieloma múltiplo, aplasia de medula e imunodeficiências, segundo o Ministério da Saúde (MS).

De acordo com especialistas, o termo adequado do procedimento é “transplante de células-tronco hematopoéticas” e consiste na coleta via sangue periférico para o transplante dessas células, para assim reconstituir uma medula saudável.

As células-tronco hematopoéticas produzem os componentes do sangue, como os glóbulos vermelhos e glóbulos brancos, parte do sistema de defesa do organismo; além das plaquetas, responsáveis pela coagulação.

Foto: reprodução / Record TV

Com informações do R7.

Fonte: Só Noticia Boa

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