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Às vésperas do carnaval, cantor Saulo reencontra público em Salvador neste domingo: 'é momento de extravasar'

Por PATRICIA em 12/02/2023 às 02:12:12

Artista vai subir ao palco com amigo e também cantor Tom Kray, no Centro de Convenções de Salvador. Saulo, cantor, compositor e instrumentista baiano

Enaldo Pinto/Ag Haack

Faltam poucas horas para baianos e turistas reencontrarem o cantor Saulo nos circuitos da folia. Conhecido como um dos maiores puxadores de trio elétrico do carnaval da Bahia e ferrenho defensor dos blocos sem corda, ele não aguentou a saudade e decidiu sentir o clima da festa antes mesmo dela começar. Saulo se apresenta neste domingo (12), no Centro de Convenções de Salvador, que fica na orla Boca do Rio.

O projeto “Saulo, Som e Sol” vai acontecer a partir das 15h e também terá participação de Tom Kray (conhecido como Tomate) e DJ Zilla. O ensaio de verão volta a ser realizado após dois anos por causa da pandemia de Covid-19, assim como o carnaval baiano.

"Reencontrar com o público e os amigos na estrada está sendo lindo! É momento de extravasar", disse, sobre o retorno total dos eventos na Bahia.

No carnaval deste ano, Saulo vai puxar trio em Salvador nos dias 17 e 22 de fevereiro, quinta e terça-feira, na Barra-Ondina e no Campo Grande, respectivamente. Como já faz há alguns anos, novamente ele vai se dedicar somente aos trios sem corda.

"O carnaval da Pipoca a gente já vem fazendo há algum tempo e não consigo acreditar mais em nenhum outro formato além desse. A gente se separa o ano inteiro por várias questões, mas quando chega o Carnaval é o momento da gente se juntar. Sempre achei que esse movimento de tirar as cordas fosse esse movimento de despertar esse sonho de igualdade. Apesar de parecer distante, é um sonho possível. Acredito que nesses cinco dias podemos ser todos iguais, misturar o suor, perguntar de onde viemos, nos abraçar e juntos compartilhar da mesma energia".

Saulo no Campo Grande, em Salvador

Sérgio Pedreira/Ag. Haack

O baiano de Barreiras, no oeste baiano, também é compositor e instrumentista. Em entrevista ao g1, ele avaliou a trajetória dos últimos dez anos, desde que deixou a Banda Eva e saiu em carreira solo.

"Na pandemia, quando parei para rever tudo o que já tinha feito e pensar no que faria, deu gosto de ver aquilo que fiz jovem, lá do início da Banda Eva. Percebi que é algo que dá vontade de cantar mesmo hoje, adulto".

Para ele, o que mais mudou nesse período foram as letras. "O que mais mudou foi o lado compositor. A carreira solo me trouxe essa liberdade maior de criar e isso me completa. Cantar a minha verdade é uma onda muito especial".

"Quis rever minha onda toda"

Saulo saiu da Banda Eva há 10 anos

Enaldo Pinto/Ag Haack

Saulo detalhou que o "Agora É Tempo Demais", ou AETD+, último disco que lançou, em abril do ano passado, começou a ser feito em 2019. "A ideia era musicar alguns textos e logo no começo da pandemia, ainda sem muito entender o que estava por vir, percebi minha instabilidade, e fui para os braços da música, meu colo, minha luz".

Apesar de ter aumentado a produtividade em meio ao isolamento, ao final da produção, ele recuou. "Quis reler a minha onda toda. Eu reouvi os discos todos para ver o que eu tinha feito antes daquele momento e pensar no que fazer depois. Enxergando algum horizonte, pedi perdão à Deusa e voltei para os seus braços! Retomamos o álbum, já com novas canções e fomos desenhando com o que já tínhamos".

Após esse momento de revisão, Saulo decidiu convidar jovens artistas para participar do trabalho, como Melly, Vitor Kley, Melim, Anna Trea e Afrocidade. "A pandemia me fez rever o que tinha já feito, reencontrar comigo mesmo e depois aprender e expandir", resumiu.

Depois disso, Saulo já fez outras parcerias com Claudia Leitte, Tomate, além de ter subido ao palco do Festival de Verão 23 em Salvador ao lado de Marina Sena, no mês de janeiro. Questionado sobre os próximos projetos e feats, ele respondeu: "Deixar fluir... Por agora só penso em compor, compor e compor".

Saulo e Marina Sena no palco do FV23

Max Haack/Ag Haack

"Deus me livre de não ser baiano"

Para o carnaval deste ano, Saulo trabalha a música "Bahia-Batuque-orixá", que tem uma levada eletrizante e muita "baianidade nagô", com uma letra que perpassa por pontos tradicionais da capital baiana - semelhante à outra música dele, "Vú".

Nas redes sociais, Saulo detalhou a inspiração da canção: um bordão utilizado pelo apresentador Vanderson Nascimento, da TV Bahia. “Eu vi Vanderson comentando essa coisa de "Deus me livre de não ser baiano", que é um sentimento mesmo que a gente tem, e aí eu peguei esse "Deus me livre de não ser baiano, de não ter carnaval todo ano, de chegar o verão e eu ficar sem lhe ver"”, contou.

A letra tem uma palavra de ordem: "Pula, pipoca! Pula bonito", e Saulo promete não deixar ninguém parado na avenida, com um repertório cheio de clássicos do axé e da própria carreira, como "Raiz de Todo Bem” e “Agradecer”.

"As pessoas têm pressa para sorrir o coração com liberdade e a música da Bahia é muito potente nesse sentido. É só isso que eu quero nesse carnaval: muitos encontros, energia positiva, celebrar nossa existência e nossa música".

Saulo no palco do Festival Virada Salvador

Max Haack/Ag Haack

SERVIÇO:

Saulo, Som e Sol

Quem: Saulo, Tomate e DJ Zilla

Quando: Domingo, 12 de fevereiro, às 15h

Local: Centro de Convenções na Boca do Rio

Vendas: Sympla, Ticketmaker, Partik, Balcão de Ingressos, Quero Abadá e Central do Carnaval.

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Fonte: G1

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