logo banner
Centro automotivo Eder

Após críticas ao BC, Haddad vê ata do Copom 'mais amigável' e quer divulgar nova regra para contas públicas até abril

Por PATRICIA em 07/02/2023 às 10:44:11

Esse é mais um capítulo do ambiente de tensões existente entre o governo federal, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o Banco Central autônomo chefiado por Roberto Campos Neto - indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e com mandato fixo até o fim de 2024. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira (7) que a ata do Comitê de Poítica Monetária (Copom), divulgada mais cedo pelo Banco Central, foi mais "analítica" e "amigável".

"Veio melhor que o comunicado [do Copom, divulgado na semana passada]. Mais extensa, analítica, colocando pontos importantes sobre o trabalho do Ministério da Fazenda. É uma ata mais amigável em relação aos próximos passos que precisam ser tomados"

Nesta segunda-feira, Haddad chegou a reclamar do Copom, avaliando que a instituição poderia ter sido "um pouco mais generosa" com o governo, em suas avaliações, diante das medidas anunciadas em janeiro para melhorar as contas públicas.

Esse é mais um capítulo do ambiente de tensões existente entre o governo federal, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o Banco Central autônomo chefiado por Roberto Campos Neto - indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e com mandato fixo até o fim de 2024.

O alto patamar da taxa de juros, o maior do mundo, tem sido criticado reiteradamente pelo presidente Luiz. "É só ver a carta do Copom para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juros e a explicação que eles deram para a sociedade brasileira", disse ele nesta segunda (6).

Na ata do Copom, o BC avaliou que a execução do pacote fiscal do ministro Haddad, anunciado em janeiro, com foco principalmente na alta da arrecadação, "atenuaria os estímulos fiscais sobre a demanda, reduzindo o risco de alta sobre a inflação".

Apesar de uma referência mais clara ao pacote para as contas públicas, o BC observou que "será importante acompanhar os desafios na sua implementação" pelo governo. As medidas ainda precisam ser confirmadas pelo Congresso Nacional.

Coordenação entre gastos públicos e juros

Na entrevista concedida nesta terça-feira, o ministro Fernando Haddad voltou a defender uma maior coordenação entre a política fiscal (relativa aos gastos e contas públicas, de responsabilidade do governo federal) e a chamada política monetária - executada pelo Banco Central, por meio da taxa de juros, para conter a inflação.

Fonte: G1

Comunicar erro
LINK NET

Comentários