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Defesa de ex-policial civil condenado por homicídio culposo vai recorrer da decisão: 'é inocente'

Por PATRICIA em 22/10/2022 às 19:53:16

Apesar de desclassificação e pena de menos de 2 anos, advogados sustentam que Leandro Freitas não foi responsável pela morte da empresária Ana Kátia Silva. Júri durou 6 dias. Advogados de defesa de Leandro Freitas: (da esq. à dir.) Osny Brito, Charlles Bordalo e Elias Reis

Rafael Aleixo/g1

A defesa do ex-policial civil Leandro Silva Freitas, condenado neste sábado (22) a um ano e 7 meses de prisão por homicídio culposo, disse que vai recorrer da decisão por entender que ele é inocente em relação à morte da empresária Ana Kátia Silva, em 2020. A sentença foi dada após 6 dias de julgamento no Tribunal do Júri de Macapá.

A pena aplicada é para ser cumprida inicialmente em regime aberto. A prisão de Leandro foi revogada e ele pode recorrer da condenação em liberdade.

A empresária Ana Kátia Silva foi morta baleada na frente da casa de um dos filhos, na Zona Sul, em 8 de julho de 2020. O policial civil, na época com 29 anos, foi preso em flagrante como autor do crime.

Leandro Freitas, ex-policial civil, durante júri pelo caso Ana Kátia Silva

Rafael Aleixo/g1

Leandro era acusado pelo Ministério Público (MP) de feminicídio, mas a maioria dos jurados acatou uma das teses apresentadas pela defesa do réu: homicídio culposo por negligência.

Júri entendeu que empresária foi morta por disparo acidental e resultado levou à soltura do ex-policial civil; g1 explica

Apesar de alegar ao longo de todo o processo a negativa de autoria, durante os debates do júri a defesa sustentou a condição de que Leandro era o responsável pela arma usada, mas que ele não teria realizado o disparo fatal, como explicou o advogado Osny Brito.

“Nossa tese sempre foi a de negativa de autoria. Ele não foi o autor do disparo que matou a senhora Ana Kátia. Nós sustentamos isso durante todo o julgamento e também no debate entre as partes. Também foi sustentado de forma concomitante, ao final no direito da defesa que, em face do disparo ter sido acidental em razão dele ser policial e portador da arma, teria ocorrido um homicídio culposo por uma imperícia, negligência ou imprudência”, citou Brito, um dos advogados de Leandro.

Além de Osny Brito, integraram a equipe de defesa de Freitas os advogados Charles Bordallo, Dirce Bordallo e Elias Reis.

Por acreditar que o tiro que matou Ana Kátia foi feito acidentalmente e que não teria sido efetuado por Leandro, a defesa vai recorrer da decisão.

“Certamente haverá recurso por parte da defesa buscando ainda, possivelmente, uma absolvição futura. A gente vai entrar com recurso e lá nós iremos sustentar as teses, mas sem sombra de dúvidas entendemos que ele é inocente. Nós acreditamos e sustentamos a inocência de Leandro Silva Freitas. O feminicídio foi afastado quando os jurados reconheceram que não houve dolo”, disse o advogado.

Entenda o caso

Familiares de Ana Katia colocaram cartazes em frente ao fórum de Macapá

Rafael Aleixo/g1

O julgamento tão aguardado por familiares e amigos aconteceu após dois anos do crime, durou 6 dias com extensos depoimentos, iniciou na segunda-feira (17) e chegou ao final na manhã deste sábado (22), por volta de 7h30, no Fórum de Macapá.

Foram necessários 6 dias para ouvir 12 testemunhas, 3 assistentes de perícia e 2 simulações, interrogatório do réu, apresentação das teses acusatória e de defesa, e por fim a apresentação da decisão do Conselho de Sentença formado por 7 jurados.

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De acordo com a denúncia do MP, o policial civil foi quem matou Ana Kátia Silva com um tiro no peito numa discussão em um carro. A acusação também descrevia que os dois tinham um relacionamento. A perícia apontou que o tiro foi disparado a curta distância, a “queima roupa”.

A defesa do ex-policial afirmou que o disparo não foi efetuado por ele, mas pelo filho da vítima, numa disputa pela posse da arma de fogo.

Em agosto deste ano, Leandro foi demitido da Polícia Civil do Amapá pelo governador do Estado, Waldez Góes, como pena administrativa. Ele foi responsabilizado por manipular arma de fogo funcional após ter consumido cerveja. Ele fez 2 disparos para o alto na mesma noite do crime.

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Fonte: G1

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