Ainda segundo Cleonice, existe um suposto dono, mas ele não responde mais pela área, pois o contrato que ele tinha, acabou. “Por isso que, inclusive, entramos no terreno e ficamos”, ressaltou. “Estamos saindo porque, se a gente não fizer, (sabemos que) tem a truculência. Vamos sair pacificamente, mas dizendo que vamos recorrer. Temos reunião marcada com a Terracap, junto à Secretaria de Agricultura, para quarta-feira (26/10)”, revelou.
A representante do grupo também disse que eles estavam ocupando o terreno há seis dias e, durante esse período, não tiveram nenhum tipo de assistência social. “Agora, vamos procurar algum ginásio ou estádio, para poder nos aglomerar”, concluiu.
Durante a retirada, foram mobilizadas 10 viaturas da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e duas do Corpo de Bombeiros (CBMDF). O major Anderson Pierre, do 26º Batalhão de Santa Maria, disse que os agentes de segurança se encontravam no local somente para garantir a segurança dos servidores públicos. "Policiais passavam pelo local, perceberam a invasão e acionaram a corporação", detalhou.
A assessoria da PM também informou que, no local, havia aproximadamente 20 tendas e barracas. “A DF Legal negociou com os ocupantes, e a última barraca já foi retirada”, destacou a nota da corporação.
Agentes da Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) também estavam no local para o caso de retirada forçada das famílias. Um trator foi deslocado até o terreno, mas não precisou ser utilizado.
Segundo o gerente de fiscalização da Terracap, Alexandre Bittencourt, o terreno é público e pertence à companhia. “Ele não é destinado ao Programa de Assentamento de Trabalhadores Rurais (Prat), e o processo não é esse. Eles (o grupo) simplesmente invadiram sem nenhum respaldo da lei”, afirmou. “Era uma área rural, sob administração da Seagri (Secretaria de Estado da Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural). Por isso que foi acordado marcar uma reunião”, acrescentou o gerente da Terracap.
Fonte: Correio Braziliense