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Conflito e ameaça precederam espancamento de Gengis Keyne; clima é de tensão

Por PATRICIA em 17/10/2022 às 13:13:14

Conhecido no DF pelo assassinato cruel de um adolescente de 16 anos, espancando até a morte no DF, em 1993, Gengis era membro da gangue Falange Satânica. Na época do crime se entregou à polícia e delatou os comparsas.

A reportagem foi até o local em que Gengis morava e conversou com a sogra do ex-integrante da gangue e com outros vizinhos do prédio de seis apartamentos. Os inquilinos têm um histórico de conflito. Um dos moradores, que pediu para não ser identificado, narrou ao Correio que Gengis e a companheira estavam há meses sem pagar o aluguel. 

"Cortaram a água e a luz deles, por falta de pagamento. E quando outra inquilina estava religando a própria água, a mulher do Gengis começou a gritar, que estavam cortando a água dela. Ela (companheira do Gengis) tinha uma personalidade bem difícil de lidar. O Gengis então apareceu na escada, ele morava no último apartamento, e começou a ameaçar todo mundo com uma faca, chamando para subir lá em cima. Ele disse que não adiantava o que acontecesse, onde a inquilina debaixo se escondesse, que ele pegaria ela", narra.

Depois da discussão, na madrugada deste domingo (16/10), um grupo de pessoas invadiu o apartamento em que Gengis morava e o espancou. No entanto, os depoimentos prestados à polícia são divergentes.

A companheira de Gingis relatou à PCDF que um dos vizinhos chegou a atirar duas vezes contra a família, no quarto em que eles estavam, mas nenhum tiro chegou a atingi-lo. No entanto, o vizinho que conversou com o Correio, nega qualquer barulho de tiro durante a madrugada. Ele disse que chegou a ouvir barulho de coisas se quebrando na madrugada, mas imaginou que fosse uma briga de casal.

Nesta manhã, a sogra de Gengis aguardava uma equipe para desmontar os móveis da filha e tirar ela do apartamento. A mulher questiona a "coincidência da invasão" ter ocorrido no mesmo dia em que aconteceu a discussão com os vizinhos.

"É uma covardia o que fizeram. Tinha criança dentro de casa, meu neto de sete anos estava lá, e ele pode ficar traumatizado com tudo que aconteceu. Meu neto nem morava com minha filha, só estava este fim de semana. Eu já tinha ido buscar ele, mas minha filha não deixou (quis que ele dormisse)", relata a sogra de Gengis.

A perícia esteve no apartamento e o caso é investigado pela 5ª Delegacia de Polícia (asa Norte). A reportagem esteve na unidade policial, mas ninguém falou sobre o caso. 

  • Prédio em que Gengis Keyne foi espancado tem histórico de conflitos e ameaças entre vizinhos Ed Alves/ CB/ DA Press

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Fonte: Correio Braziliense

Tags:   Crime
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