No pedido enviado à justiça, os advogados de Cely destacam que a fotografia era uma “simplória demonstração de afeto e carinho”. O documento cita que o parlamentar, ao ter a notícia veiculada nos jornais da capital, emitiu nota questionando o “caráter ideológico-político" do beijo, “ao invés de se desculpar pelas suas palavras, preferiu reafirmar todo o seu discurso de ódio”.
Ao Correio, Mateus Santana Souza, advogado da PM, ressaltou que o processo penal do parlamentar e de outros envolvidos está em reta final. “O Ministério Público denunciou ele (Hermeto), a denúncia foi recebida, ouviu-se testemunhas e agora é necessário a decisão da Justiça”, destaca.
Cely precisou se afastar do ambiente da corporação devido à repressão e, quando voltou, “passou a ter dificuldades no seu ambiente de trabalho, sendo vítima de ameaças e perseguições por ‘colegas’ de farda”, diz o documento anexado no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT).
Os advogados pedem indenização por danos morais no valor de R$ 25 mil, além de um pedido de desculpas para a PM e toda a comunidade LGBTQI+.
A reportagem procurou o deputado Hermeto, mas o parlamentar, em nota, apenas disse que “não pode comentar casos que correm em segredo de justiça”.
Fonte: Correio Braziliense