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Vereador de Cuiabá que matou agente socioeducativo apresenta defesa na Comissão de Ética da Câmara

Por PATRICIA em 13/09/2022 às 19:07:21

Marcos Paccola pretende permanecer no cargo. Parlamentar também responde na Justiça por homicídio qualificado. Vereador Marcos Paccola disse que está colhendo assinaturas

Câmara de Cuiabá

O vereador Marcos Paccola (Republicanos) apresentou, nesta terça-feira (13), sua defesa no processo de quebra de decoro parlamentar na Comissão de Ética da Câmara Municipal de Cuiabá. Segundo documento protocolado, a Casa não tem competência para julgar o vereador, que pretende continuar no cargo. Ele se tornou réu por homicídio qualificado ao disparar três tiros contra o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa, de 41 anos, na capital.

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Agora, segundo o regimento da Câmara, o relator do caso, vereador Kássio Coelho (Patriota), tem o prazo de cinco sessões ordinárias na Casa Legislativa para concluir as apurações. O resultado pode ser o arquivamento do processo ou a cassação do mandato do parlamentar.

Em agosto, Paccola chegou a pedir afastamento da Câmara, mas voltou atrás. Esse pedido foi derrubado pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJ), que alegou que a decisão era técnica, uma vez que não havia previsão legal no regimento interno para tal situação. Contudo, o processo de quebra de decoro segue na Comissão de Ética.

O juiz Flávio Miraglia Fernandes, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, também determinou a suspensão do porte de arma do parlamentar.

A audiência do caso foi marcada pela Justiça para o dia 31 de outubro.

Entenda o caso

No dia 1º de julho, as câmeras de segurança de estabelecimentos próximos registraram o momento em que Alexandre desce do carro da namorada e caminha até a mesa onde ela está. Em determinado momento, as pessoas ao redor se afastam dos dois por alguma razão.

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O casal sai da mesa e volta ao carro. Neste instante, cerca de três minutos após a chegada de Alexandre ao local, ele é atingido pelas costas por três disparos efetuados pelo vereador Paccola, que recém havia chegado na conveniência.

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Reprodução

Alexandre não teve chance de defesa, conforme o MP. Na ocasião, Paccola informou que a vítima estaria armada e havia ameaçado a namorada. Contudo, a promotoria entendeu que "em nenhum momento, a vítima agrediu ou ofendeu quem quer que lá estivesse e não apontou sua arma de fogo na direção de ninguém".

A perícia apontou que dois dos três tiros causaram ferimentos graves e lesionaram o pulmão de Alexandre, além do diafragma e fígado, o que ocasionou grande perda de sangue. A causa da morte foi hemorragia, após trauma torácico por projéteis de arma de fogo.

Fonte: G1

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