Com menos de 25% do público alvo imunizado desde o início da campanha de vacinação, Brasil acende alerta para retorno de doença erradicada desde 1994. Vacinação contra a poliomielite.
Henrique Souza/Semsa
Quase um mês após o início da campanha de vacinação contra a pólio, menos de 25% do público-alvo – crianças menores de 5 anos – esteve nos postos de saúde do Brasil.
A poliomielite foi durante o século 20 uma das doenças infantis mais temidas. Ela pode atacar o sistema nervoso e, em poucas horas, deixar alguém paralisado.
No Brasil, o último caso de 'paralisia infantil' foi detectado em 1989. Em 1994, o país ganhou certificado de erradicação.
Mas a baixa cobertura vacinal no vem acendendo o alerta para o risco de retorno da doença. Isso porque a circulação em países como Paquistão e Afeganistão podem originar surto em novos lugares.
"Uma vez que o vírus e ingressa no nosso país neste, ele encontra condições para ser transmitido", alerta o médico Marco Aurélio Safadi, presidente do departamento de infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e integrante de grupos internacionais voltados à especialidade.
"A Organização Mundial da Saúde classifica o nosso país como um país de risco muito alto da ocorrência da poliomielite em função das nossas frágeis coberturas nacionais... Seria realmente algo muito lamentável e dramático."
Vacina contra poliomielite: entenda os riscos de não imunizar crianças contra a doença
"A gente, até hoje, não dispõe de nenhum recurso terapêutico, de nenhum medicamento que possa interferir na evolução da doença. A gente contra conta com uma ferramenta de elevadíssima eficácia que é a vacina."
Ouça a entrevista completa no podcast O Assunto
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