Visivelmente incomodado, Ibaneis afirmou que "o DF foi muito beneficiado pelo governo do Jair Bolsonaro. Estou tranquilo em relação às minhas propriedades. Um dos piores períodos foi quando o Lula governou porque não tinha comunicação entre o DF e a União". Destacando as mais de 680 mil vidas perdidas para a covid-19 no Brasil e a aliança entre o governador e Bolsonaro, Keka Bagno perguntou a Ibaneis se é possível resolver a crise na saúde do DF até o fim do ano. "Não tenho a menor dúvida de que podemos fazer muito pelo DF ainda. O presidente comprou o maior número de vacinas da história", elogiou.
Leila Barros destacou a importância do ensino profissionalizante e a busca ativa pelas crianças e adolescentes em evasão escolar. A pré-candidata do PDT afirmou, ainda, ser a favor do aumento do diálogo entre os governos do DF e do Entorno, e propôs a criação de uma agência de desenvolvimento ligada ao BRB. "São os pequenos e médios empresários que geram empregos. Vamos preparar os jovens para as áreas de tecnologia e saúde e apoiar o setor de construção civil", apontou, acrescentando o baixo alcance do metrô no DF. "Vamos expandir (as linhas)."
A gestão do BRB também foi criticada por Leandro Grass, que defendeu a ampliação do microcrédito pela instituição. "Não podemos ter o banco da cidade tratando mal a própria cidade. O BRB poderia ser o banco do desenvolvimento, que apoia os agricultores familiares, expulsos das terras por grileiros e que não têm recursos para comprar máquinas e insumos. O BRB deveria apoiar a inovação, as startups e os pequenos e micronegócios. Era para ser o banco de Brasília, não do governador nem do time do governador."
A crise na assistência social que o DF enfrenta foi muito comentada pelos candidatos. Rafael Parente avaliou que a população distrital foi a que mais empobreceu nos últimos anos e denunciou a desassistência aos pobres, "apesar de a gestão atual dizer que cuida das pessoas." "Precisamos integrar e aprofundar as políticas de atendimento. São muitas, mas não chegam nem à metade de quem precisa." Keka Bagno, que é assistente social, criticou a indicação de Ibaneis para a Secretaria de Desenvolvimento Social, a primeira-dama Mayara Noronha, que, para a pré-candidata do Psol, "nunca trabalhou com assistência." "Atendi nos últimos meses mães que davam farinha e água para seus filhos. Os assistentes sociais adoeceram pela falta de responsabilidade de sua gestão. Queria que o senhor conhecesse mais as pessoas, quem tem fome, tem pressa", manifestou-se.
Fonte: Correio Braziliense