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Preso ao negar abordagem de PM negro, corretor se defende das acusações

Por PATRICIA em 17/07/2022 às 08:27:20

Agressão

O Correio obteve acesso ao laudo médico do Instituto de Medicina Legal (IML), que descreve os ferimentos de Patrick. O jovem foi encontrado com a cabeça e a boca sangrando e ferimentos nos dois braços e no cotovelo. Ao ser preso, ele foi conduzido à 5ª Delegacia de Polícia (Área Central), onde de lá o delegado recomendou que o rapaz fosse levado primeiro ao hospital antes do registro de ocorrência.

Segundo o corretor, no momento em que ele urinou no lago pela primeira vez, os funcionários o chamaram a atenção. O jovem, no entanto, voltou ao local e urinou pela segunda vez, momento em que, de acordo com ele, foi puxado para dentro do estabelecimento e agredido com barra de ferro. “Quando fui acordado pelos policiais, senti minha cabeça sangrando e latejando. Estava todo ralado. O que não entendi e que não entra na minha cabeça é o porquê não chamaram os bombeiros, já que eu estava naquele estado. Há muitas coisas que não foram esclarecidas e essa é uma delas.”

O advogado de Patrick, Suenilson de Sá, afirmou que provará a inocência do rapaz quanto às acusações, principalmente no que tange à injúria racial. “Vamos buscar a responsabilização daqueles que causaram as fortes lesões que ele sofreu e queríamos que a PMDF respondesse o porquê ele não foi socorrido primeiro, ao invés de ser levado à delegacia. Porque quem determinou que ele fosse levado ao hospital foi a Polícia Civil”, pontuou.

Patrick conta que está fazendo tratamento psicológico e, no momento, está sem ir ao serviço. Funcionário de uma corretora de imóveis, o jovem relata medo em voltar ao trabalho, mas diz que tem ganhado apoio de amigos, conhecidos e familiares. “Via minha filha todos os dias. Mas agora, desde que tudo aconteceu, estou com medo de sair com ela para um parque que seja. Tenho medo de ser agredido e colocar minha filha em perigo. Minha vida está um caos. Antes, meu celular não parava com tanta mensagem de clientes vindos de indicação. Agora, parou. Só quero minha vida de volta”, finalizou.

Ao Correio, os pais de Patrick também negaram as acusações contra o filho. “Nós somos ativistas. Minha esposa é indígena e nosso filho cresceu ao nosso lado. Todos nós lutamos contra o racismo. Por qual motivo ele iria cometer uma atrocidade dessa?”, questionou o pai.

 

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Fonte: Correio Braziliense

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