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Polícia Civil de SP apreende centenas de celulares roubados em operação contra receptação após Virada Cultural

Por PATRICIA em 29/05/2022 às 20:51:19

Segundo delegado responsável, ação visa lojas da Rua dos Guaianazes e tem relação direta com os furtos e roubos registrados durante a Virada Cultural. Policiais fazem operação contra a receptação de celulares roubados no Centro de São Paulo neste domingo (29)

Roney Domingos/g1

A Polícia Civil de São Paulo realizou na noite deste domingo (29) uma operação contra a receptação de celulares roubados no Centro de São Paulo. De acordo com o delegado responsável, a ação visa principalmente lojas da Rua dos Guaianazes, e tem relação direta com os furtos e roubos registrados durante a Virada Cultural, neste final de semana.

Centenas de aparelhos foram apreendidos durante a operação. Além disso, dezenas de suspeitos foram presos, e devem ser investigados por crimes como receptação e formação de quadrilha.

A Polícia Civil não divulgou, até o momento, um balanço da ação. Além disso, a polícia ainda deve investigar se os aparelhos foram furtados neste sábado (28) ou domingo (29), durante os eventos da Virada Cultural.

Sete pessoas são detidas na Virada Cultural

Vídeos mostram grupos de jovens fazendo arrastões

Madrugada tem violência em shows no Centro

Segundo o delegado Roberto Monteiro, da Delegacia Seccional Centro, a rua onde ocorre a operação é conhecida por ser destino de celulares roubados.

"Esta rua é conhecida porque muitas pessoas que têm os celulares roubados, ou furtados, os celulares, no serviço de rastreamento do aparelho, aparecem neste local. Então nós já apreendemos muitos celulares até agora e estamos levando pessoas que estavam com os celulares sem origem", declarou.

"Tem uma ligação direta com a Virada Cultural, justamente para nós coibirmos os furtos, os roubos e a receptação", completou Monteiro.

Virada Cultural de domingo

Apresentação da banda Planet Hemp no palco Viaduto do Chá, na Virada Cultural de São Paulo, na noite deste domingo (29), no vale do Anhangabaú (SP).

ROBERTO SUNGI/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Após uma madrugada com arrastões e brigas, os shows da Virada Cultural deste domingo (29) tiveram clima tranquilo em palcos das zonas Norte e Sul de São Paulo, mas novos relatos de furtos e brigas ocorreram nas apresentações no Centro da capital.

A cantora Luísa Sonza chegou a interromper três vezes seu show no Vale do Anhangabaú, marcado para as 15h. Na primeira, o público sinalizou a ela que havia acontecido um roubo em frente ao palco. Ela chamou a polícia e, depois, retomou a música.

Já no palco da Parada Inglesa, na Zona Norte, o show do funkeiro Kevin O Chris às 13h teve ambiente tranquilo e reuniu muitas famílias com idosos e crianças.

Perto dali, no palco Carandiru, a apresentação do Neguinho da Beija Flor, às 14h, também atraiu muitas crianças, principalmente por conta da programação do começo do dia, que teve atrações infantis, como o Beatles Para Crianças.

Na Zona Sul, o show de Zeca Baleiro às 13h também teve público variado espalhado pelo gramado da Praça do Campo Limpo. Com cangas estendidas no chão, as famílias juntaram crianças ao redor de brinquedos e acompanharam, com tranquilidade, a apresentação do cantor maranhense (veja no vídeo abaixo).

Após madrugada de violência e arrastões, Virada Cultural tem domingo tranquilo

Madrugada no Centro

A madrugada do domingo (29) na Virada Cultural foi marcada por violência, com arrastões, agressões, roubos e furtos de celulares nos palcos da região central.

Marcas de sangue no Vale do Anhangabaú, na Virada Cultural

Victor Farias/g1

A reportagem flagrou e gravou esses crimes em vídeos, durante a cobertura do evento, entre a noite deste sábado (28) e a madrugada de domingo (29) no Vale do Anhangabaú, Centro da cidade, onde estava um dos palcos.

Por causa da confusão, o show do funkeiro Kevinho foi interrompido antes do previsto.

Público relata arrastões, agressões, medo e insegurança durante Virada Cultural em SP

Frequentadores ouvidos pelo g1 criticaram a atuação dos policiais militares e guardas-civis metropolitanos na segurança do evento. Uma estudante foi agredida por golpes de cassetetes de policiais e precisou de atendimento médico.

Estabelecimentos que vendiam comida e bebida no local também interromperam o serviço antes do previsto devido à insegurança. Funcionárias das lanchonetes relataram medo de ir embora da região e disseram que não teriam aceitado o trabalho se soubessem que a noite seria daquela forma.

Suspeitos detidos

Pelo menos sete pessoas foram detidas pela Polícia Militar (PM) e pela Guarda Civil Metropolitana (GCM) por suspeita de arrastões, roubos e furtos de celulares de frequentadores durante a Virada Cultural, entre a noite de sábado (28) e a madrugada deste domingo (29), no Centro de São Paulo.

Em nota, a prefeitura declarou que "devido aos episódios ocorridos no Vale do Anhangabaú, a Guarda Civil Metropolitana reforçou o policiamento na região central da cidade".

"A Guarda Civil Metropolitana está atuando na Virada Cultural 2022 por meio de policiamento preventivo e comunitário, em apoio à Secretaria Municipal de Cultura, Subprefeituras e Polícia Militar. A SMSU reforçou o policiamento com um efetivo de 540 agentes e 176 viaturas no serviço operacional, além de 15 viaturas da Inspetoria de Operações Especiais – IOPE, que estão disponíveis para ações durante todo o período do evento", disse, em nota.

Movimentação policial durante a Virada Cultural no palco do Vale do Anhangabaú, centro de São Paulo, marcada pela violência durante da noite de sábado, 28

ISAAC FONTANA/CJPRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

Também em nota, a Secretaria de Segurança Pública (SSP), responsável pela Polícia Militar, também disse que reforçou o efetivo "com 1,4 mil policiais militares e apoio de mais de 300 viaturas".

"Durante o evento, a PM ainda disponibilizou Bases de Policiamento Comunitário, instalações físicas e o emprego do efetivo da operação Sufoco, o qual dobrou o número de policiais nas ruas desde o início de maio. Esses agentes foram deslocados aos pontos de maior concentração de público. Também houve apoio do Comando de Policiamento de Trânsito, Choque e do Comando de Aviação, além do uso de câmeras de viodeomonitoramento para a identificação de condutas suspeitas, anti-sociais e criminosas, e do emprego das Câmeras Operacionais Portáteis nos uniformes dos militares durante todo o evento", disse.

Fonte: G1

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