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Homem é condenado a 37 anos de prisão por matar a ex-mulher enquanto ela implorava para não ser morta, em Planaltina de Goiás

Por PATRICIA em 06/05/2022 às 10:22:17

Reginaldo Pereira matou Érica Sousa na frente da filha. Defesa informou que vai recorrer da decisão. Érica Sousa de França da Silva, 40 anos, morta a tiro em Planaltina de Goiás

Reprodução/Redes sociais

Reginaldo Pereira da Silva foi condenado a 37 anos, um mês e 10 dias de prisão por matar a ex-mulher Érica Sousa de França da Silva, de 40 anos, em Planaltina de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Na época, a filha do casal falou que viu a mãe implorar para não ser morta e gritando “por favor, não atira”.

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Ao g1, a defesa de Reginaldo informou que vai recorrer da decisão.

O crime aconteceu em 13 de outubro de 2019 e a decisão foi publicada na última terça-feira (3). A sentença descreveu que além do feminicídio, Reginaldo foi condenado também por tentar matar dois policiais militares, que efetuaram a prisão, e ameaçar o namorado da vítima.

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Divulgação/Polícia Militar

Conforme os autos do processo, Reginaldo e Érica foram casados por 23 anos e tinham três filhos, mas estavam separados quando aconteceu o assassinato. A filha do casal, que presenciou a morte da mãe, informou que o pai não aceitou o fim do relacionamento.

“Ele dizia: "não aceito sua mãe com outra pessoa, caso isso aconteça, irei matá-la"”, disse a jovem na época do crime.

A juíza Christiana Aparecida Nasser Saad narrou na sentença que Reginaldo conseguiu cópia das chaves da casa de Érica, sem que ela soubesse, e até parou de tomar medicamentos para criar coragem de matá-la. Por isso, a magistrada concluiu que o homem agiu de forma premeditada e consciente.

Érica era telefonista no fórum da cidade e irmã de dois servidores da comarca. Segundo o Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO), o plenário no Tribunal do Júri estava lotado com funcionários, familiares e amigos da vítima.

Érica Sousa de França da Silva, 40 anos, morta a tiro pelo ex-marido, segundo Polícia Civil, Planaltina de Goiás

Reprodução/Redes sociais

Relacionamento conturbado

A filha, que em 2019 tinha 18 anos, contou na delegacia que, antes mesmo da separação dos pais, o homem tinha um comportamento agressivo em casa e já tinha ameaçado de morte a vítima.

Segundo a filha relatou em depoimento, Reginaldo Pereira da Silva costumava quebrar objetos na residência, xingar e dizer que mataria Érica Sousa de França, de 40 anos, que era deficiente física.

Antes do crime o homem teria feito ligações e enviado mensagens ameaçando Érica, que há três meses antes da morte, a mãe teria começado a namorar, o que fez com que o pai se tornasse mais violento.

A jovem informou ainda na delegacia que cerca de uma hora antes do pai matar a mãe aconteceu a última ligação, na qual ele fez vários xingamentos e ameaças.

O crime

Conforme o depoimento da jovem, por volta das 20h, Reginaldo chegou de moto à casa da família abriu o portão. Érica estava em casa com a filha e o atual namorado.

A jovem informou que ao perceber a presença do pai, a Érica pediu que o companheiro se escondesse em um quarto. A vítima, segundo a filha, estava tentando ligar para a polícia, quando Reginaldo quebrou um vidro e conseguiu entrar na casa, forçando uma porta e empurrando ela, que tentou impedir a entrada dele.

No relato feito à polícia, a filha descreveu que o pai pegou a arma de fogo, e Érica gritou implorando para que ele não atirasse. Ao ouvir três disparos, a jovem correu para se esconder no banheiro. Ela contou que o pai ainda foi até o quarto onde estava o namorado da mãe e tentou arrombar a porta, disparando mais alguns tiros.

Filha ameaçada

A jovem relatou também no depoimento que antes do seu pai fugir ainda questionou ao pai o motivo de ter matado Érica. “Ele disse: sai da minha frente senão eu atiro em você”. Logo em seguida, o homem pegou o capacete e fugiu.

Segundo o delegado responsável pelo caso na época, Cristiomário Medeiros, Reginaldo foi encontrado pela Polícia Militar em uma casa onde já havia morado. Registros policiais relatam que o investigado recebeu os policiais a tiros. Após três horas de negociação, ele se rendeu e confessou o crime.

Conforme o delegado, o homem admitiu ter matado a ex-mulher porque não aceitava o fim do relacionamento.

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Fonte: G1

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