Falta de investimento em pesquisa empurra cientistas pra fora do país

Desde 2013, os valores da principal fonte de financiamento de bolsas de pós-graduação não são reajustados. Falta de investimento em pesquisa empurra cientistas pra fora do país

Já faz quase uma década que o governo não reajusta o valor das bolsas da Capes, que é a principal fonte de financiamento de pesquisas no Brasil.

O cenário pode se repetir em 2022. Na sanção do orçamento para 2022, o governo vetou 13% do valor destinado para a Capes. São R$ 12 milhões a menos que o aprovado pelo Congresso Nacional.

“São vários os casos de pesquisadores que deixam o Brasil hoje por falta de emprego e o mais grave do que a fuga de cérebros é a evasão da carreira científica. Esses cortes eles são muito prejudiciais para o futuro do Brasil e na verdade para o presente, por que dividido entre quem produz tecnologia e entre quem consume tecnologia, o Brasil vai se inserindo numa situação de consumidor de tecnologia no mundo”, afirma Flávia Calé, Presidente da Associação Nacional de Pós-graduandos.

Em nota, a presidência da Capes reconheceu como legítimo o pleito pelo reajuste das bolsas. E, sem definir prazos, informou que a presidente, Claudia de Toledo, determinou estudos de viabilidade e de compatibilidade orçamentária e financeira com objetivo de aumentar os valores.